O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), comentou nesta sexta-feira (12.04) sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, por unanimidade, reconheceu a incompetência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para processar e julgar a Operação Capistrum, realizada em outubro de 2021, que investigava pagamentos irregulares do Prêmio Saúde.
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Na época, Emanuel foi afastado do cargo por 37 dias a pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Com a decisão da Quinta Turma do STJ, que pôs fim ao recurso do MP, o prefeito questiona as reparações à sua vida pública e pessoal, bem como às dos investigados, incluindo o ex-chefe de Gabinete, Antônio Monreal Neto, e a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza.
“E agora, quem vai reparar os 37 dias em que fui afastado? Quem vai reparar toda a humilhação e perseguição sofridas por mim, minha família, meus assessores, a chefe de Gabinete, as minhas assessoras, a secretária adjunta Ivone e o diretor Ricardo? Fomos alvo de uma condenação antecipada, de esculhambações e xingamentos,” declarou o prefeito.
Emanuel avalia que, quatro anos após os fatos, há chances de anulação: “O caso foi encaminhado para a Justiça Federal e o primeiro passo agora é analisar se anula tudo. Quem vai reparar o massacre à minha reputação?”
O prefeito destacou que os servidores, alvos das operações contra sua administração, foram escolhidos para defendê-lo no processo que poderá cassar seu mandato, em tramitação na Câmara de Cuiabá.
Ele mencionou o impacto financeiro e psicológico vivido pelos servidores da Prefeitura de Cuiabá, apontados na acusação, que, quatro anos depois, foram inocentados. Para o prefeito, a presença desses servidores irá remediar "a injustiça" sofrida pela gestão municipal.
“Luiz Antônio Possas de Carvalho, alvo de duas ou três operações semanas antes do primeiro turno das eleições, viu seu secretário de Saúde ser afastado. Passaram-se quatro anos e a decisão é que não há provas contra eles. Todos foram inocentados, seus bens foram desbloqueados. Quem vai reparar a honra de Luiz Antônio, esse grande profissional que entrou em depressão, fechou seu escritório de advocacia e sofreu enormemente junto à sua família?” questionou Emanuel.
Pinheiro também citou outros servidores alvos de cinco operações que estão sendo derrubadas pela Justiça. “Considerem a Operação Overlap: quem vai reparar a honra do procurador-geral de Cuiabá à época, Marcus Brito, e do secretário de Educação, Alex Vieira Passos, com tudo arquivado?”
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