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Política Quinta-feira, 01 de Fevereiro de 2024, 14:22 - A | A

Quinta-feira, 01 de Fevereiro de 2024, 14h:22 - A | A

intencional

Prefeito diz que déficit milionário na saúde e mortes em Hospital foi "intencional" e "incompetência" do Governo

Emanuel diz que “Foi maldade pura para a bomba estourar no colo do inimigo político, do governador"

Angelica Gomes /VGN

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), em entrevista nesta quinta-feira (1º.02), criticou duramente a gestão do gabinete de intervenção do Estado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsabilizando-a por um déficit de R$ 121 milhões nos cofres municipais e um aumento de 87% nas mortes no Hospital São Benedito durante os nove meses de administração estadual. Segundo Pinheiro, as ações do gabinete foram pessoais, com o intuito de prejudicá-lo politicamente, além de demonstrarem incompetência e falta de sensibilidade na gestão.

Conforme Relatório Situacional da Saúde de Cuiabá, apresentado pelo secretário de Saúde, Deiver Teixeira, a intervenção estadual resultou no aumento do passivo da Secretaria de R$ 415 milhões em 2022 para R$ 546 milhões em 2023, ou seja, elevou o passivo da Secretaria em R$ 130 milhões entre o período de 15 de maio a 31 de dezembro de 2023.

Pinheiro afirmou que irá denunciar as irregularidades, incluindo a contratação de empresas sem licitações, exclusão de empresas vencedoras de licitações dos contratos, demissão de profissionais qualificados e, especialmente, a responsabilidade pela morte de 196 pacientes no Hospital São Benedito, devido a encaminhamentos inadequados.

“Boa parte do que fizeram foi pessoal e intencional. Foi maldade pura para a bomba estourar no colo do inimigo político, do governador. Mas muita coisa foi incompetência, falta de conhecimento, falta de sensibilidade, foi baderna, bandalheira, foi falta de tudo [...] isso aí será devidamente apurado, porque denunciarei”, revelou.

Conforme os dados do relatório, o gabinete entregou a secretária ao município devendo fornecedores e prestadores de serviço, com déficit de médicos e profissionais da saúde, com unidades de saúde, faltando insumos, medicamentos, com estruturas precárias, faltando o básico, como papel higiênico, portas, vasos sanitários, balança infantil, etc.

Além disso, durante a apresentação, o secretário de Saúde revelou ainda que os gestores da intervenção contrataram empresas sem licitações e deixou empresas vencedoras de licitações fora dos contratos, demitiu profissionais capacitados e o mais grave, foram responsáveis pela morte de 196 pacientes do Hospital São Benedito.

O Relatório Situacional demonstra que entre o dia 15 de maio a 31 de dezembro de 2022, 105 pacientes morreram no São Benedito, por complicações de cirurgias e doenças, enquanto entre o mesmo período em 2023, 196 pacientes “foram transferidos para serem mortos no hospital”, porque os pacientes eram encaminhados para a unidade, mesmo não tendo o atendimento que eles precisavam.

O prefeito acusou o gabinete de intervenção de enganar o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) com informações incorretas, descrevendo a situação como uma tragédia causada por gestores incompetentes, descompromissados e irresponsáveis. Ele prometeu que todos os envolvidos terão que responder pelas consequências de suas ações. 

"Foi uma tragédia, realizada por incompetentes, descompromissados, levianos e irresponsáveis. Todos vão ter que responder por isso", pontuou Emanuel. 

Leia também: Emanuel denuncia aumento de mortes no São Benedito e acusa interventores de “nazista”

 

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