O pré-candidato a vice-prefeito de Cuiabá, médico Marcelo Sandrin (Republicanos), afirmou em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (02.08) que ficou surpreso com a escolha do seu nome para compor a chapa majoritária do União Brasil.
Segundo Sandrin, estava trabalhando quando foi anunciado como vice na chapa do deputado estadual Eduardo Botelho (União), candidato a prefeito de Cuiabá. Ele foi escolhido diante de quase 10 opções do partido.
“Deixo claro aqui, que as pessoas que estavam pleiteando também a possibilidade de [ser vice], são mais do que experientes, talvez politicamente muito mais experientes do que eu. Eu até me surpreendo benignamente por estar aqui com vocês nesse momento”, declarou o pré-candidato.
Sandrin evitou criticar a gestão na Saúde municipal, que chegou a sofrer intervenção estadual e enfrenta crises financeiras, afirmando que o momento é de apresentar soluções. Por ora, o médico também afirmou que não será o secretário de Saúde e nem irá indicar nomes.
“Temos que começar a buscar saídas para isso. Porque na realidade o problema da assistência pública de saúde no Brasil é o uniforme do Brasil inteiro. Se o Botelho for eleito, faremos um choque de gestão na saúde. Friso aqui, que eu não vou indicar ninguém e também não vou ser o secretário até a ordem contrária. Estou ali, como pré-candidato a vice-prefeito”, declarou o médico.
O médico afirmou que buscará dialogar com a população sem beligerância, ou seja, sem promover guerras, para evitar mortes. Caso eleito, Sandrin afirma que irá dialogar com a população com transparência e apresentando propostas.
“A beligerância [guerra] na saúde termina, eventualmente, em óbito. Temos muita coisa boa para se fazer”, afirmou o médico.
Marcelo Sandrin revelou que reúne há mais de dois meses os projetos para a Saúde e, segundo ele, Botelho recebeu dois projetos para serem implementados.
“Dentro daquilo [estudo], vamos buscar as pessoas capazes de levar em frente esse projeto. Deus que nos ajude, porque eu particularmente não saio do meu bastião por saber das angústias da população. Eu poderia estar até aposentado, mas eu não fujo. Muito pelo contrário, o meu sonho é um dia, Deus me chame, e que eu saia daqui vendo uma coisa melhor do que eu vejo hoje”, afirmou o médico.
Segundo Marcelo Sandrin, um diagnóstico primário aponta a necessidade de implementar medidas para o atendimento de urgência e emergência. “O que é urgência, emergência e eletivo.”
Defendendo a medicina humana, o médico criticou a medicina tecnológica ao destacar um estudo, que aponta crise no sistema de saúde pública britânico, seguido como referência pelo sistema Único de Saúde (SUS). Sugerindo mudanças, Marcelo Sandrin afirma que a medicina tecnológica eleva o custo e torna o atendimento menos empático.
“Temos que ver na saúde pública o que é mais produtivo e necessário, não perdendo o amor e o carinho com as pessoas que estão com doenças críticas, eventualmente até incuráveis, que isso. Precisamos rediscutir isso. Uma das coisas que impactam muito é a assistência médica. Temos limitações dos programas de saúde da família e temos uma impactação muito grande nas Upas, sendo que Policlínicas estão desativadas e essas policlínicas poderiam servir para outro tipo de atendimento, que seria o atendimento intermediário”, sugeriu.
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