O juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT), Ulisses Rabaneda, concedeu prazo de 20 dias para que a Polícia Federal conclua perícia grafotécnica nas atas de registro de candidatura do atual governador Pedro Taques (PSDB), ao Senado Federal, nas eleições de 2010.
A concessão do prazo definitivo foi publicada no Diário da Justiça Eletrônica (DJE) que circula nesta quinta-feira (18.01), e faz parte do processo de Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) relacionada a fraude nas atas de registro de candidatura de Taques e que pode resultar na cassação de mandato do senador José Medeiros (Podemos).
De acordo com os autos, o perito responsável pela perícia afirmou que o prazo de 15 dias concedidos a ele para efetuar o trabalho (prazo já expirado) é um pequeno, levando em consideração o número de assinaturas a serem periciadas (15 políticos no total). Diante disso, o perito requereu uma prorrogação do prazo de mais 30 dias ou mais.
O juiz-membro do TRE/MT, Ulisses Rabaneda, atendeu o pedido de prorrogação de prazo de concedeu mais 20 dias para que o perito da Polícia Federal conclua a perícia grafotécnica nas atas de registro de candidatura de Taques das eleições de 2010.
“Concedo improrrogáveis 20 dias de prazo à Polícia Federal para conclusão da perícia, a contar da cientificação desta decisão”, diz trecho extraído da decisão.
Entenda – Tramita em sigilo no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) relatando uma possível fraude nas assinaturas da ata que definiram a candidatura da coligação “Mato Grosso Melhor Para Você” que disputava uma das vagas ao Senado.
Durante o registro, em julho de 2010, na ata original constava o então candidato Pedro Taques como cabeça da chapa, tendo como suplentes o atual deputado estadual, Zeca Viana (PDT) - como 1º suplente-, e o empresário de Sinop (a 501 km de Cuiabá), Paulo Fiúza - como 2º suplente.
Porém, em agosto de 2010, Zeca Viana desistiu de figurar como 1º suplente para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. Com a desistência, Paulo Fiúza teria passado para a 1ª suplência e o então policial rodoviário federal, José Medeiros, ficaria com a 2ª suplência.
No entanto, há suspeita de que a ata tenha sido fraudada, “passando” Medeiros para 1º suplente e Fiúza na 2º suplência, em razão de suposta falsificação assinaturas dos membros da coligação. A chapa foi vencedora em 2010, porém, com a vitória de Pedro Taques ao governo do Estado em 2014, José Medeiros acabou assumindo seu lugar no Senado Federal.
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