No início da noite desta sexta-feira (23.06), foram cumpridas as prisões preventiva do secretário-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco, do secretário-adjunto da Casa Militar, coronel Ronelson Jorge Barros e do comandante do 4º Batalhão em Várzea Grande, coronel Januário Antônio Edwiges Batista e ainda do sargento Euclides Luiz Torezan, cedido ao GAECO (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado). As prisões têm validade de 30 dias, mas podem ser prorrogadas por mais 20. Eles já estão detidos no Comando Geral da PM, na avenida do CPA.
O coronel Jorge Catarino que apura interceptações ilegais na Polícia Militar, determinou as prisões administrativas do corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Corrêa Mendes e do diretor de Inteligência da PM, coronel Victor Paulo Fortes Pereira. Os dois em prisão administrativa não passam pela audiência de custódia. Os outros foram ouvidos pelo juiz Marcos Faleiros, no Fórum de Cuiabá e estão foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), para exame de corpo delito.
O coronel Catarino já pediu a prisão preventiva dos dois que estão em administrativa e a prorrogação das prisões do coronel Zaqueu Barbosa e do cabo Gérson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, ambos presos em 23 de maio, por determinação do juiz da 11ª Vara Criminal Especializada em Crimes Militares de Cuiabá, Marcos Faleiros da Silva. O desembargador Orlando Perri concedeu a prorrogação das prisões, conforme informou a assessoria de Comunicação do Poder Judiciário.
Pelo Código Militar, eles podem ficar presos pelo prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 20. A locação deles fica a critério da PM, o que podemos afirmar é que estarão em quarteis distintos.
Ainda há muitas diligências e testemunhas a serem ouvidas. Depois de concluído, o inquérito volta ao desembargador Orlando, que encaminha ao Ministério Público para análise.
Vazamento de informação - O coronel Alexandre Corrêa Mendes e do tenente-coronel, Victor Paulo Fortes Pereira, respectivamente corregedor-geral e diretor da Polícia Militar, ambos são acusados de vazar informações sobre a operação prevista para prender os coronéis Evandro Alexandre Ferraz Lesco, secretário de Estado da Casa Militar e Airton Benedito Siqueira Júnior, secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos.
O vazamento, por parte do coronel e do tenente-coronel, teria ocorrido no início da manhã desta sexta-feira (23), quando Mendes e Pereira teriam ido até a Casa Militar, onde abordaram Siqueira, Lesco e ainda o secretário de Estado da Casa Civil José Adolpho de Lima Avelino Vieira e avisado para os coronéis “se preparem”.
Eles tinham a informação porque foram chamados pelo coronel Jorge Catarino de Moraes, encarregado do inquérito que apura a prática de interceptações clandestinas, para uma operação, com mandados de busca e apreensão e de prisão contra servidores da Casa Militar, o que dependia apenas de autorização da Justiça.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).