Por meio de ofício protocolado nesta terça-feira (19.06) na CPI do Caso Cachoeira, o senador Pedro Taques (PDT-MT) e o deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) convidam o juiz Paulo Augusto Moreira Lima a esclarecer relatos de que teria sido ameaçado de morte pela organização criminosa de Carlos Cachoeira. Os parlamentares esperam, também, que o magistrado preste informações detalhadas sobre o processo de remoção do caso.
No requerimento, o senador e deputado citam que nesta segunda-feira (18), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região emitiu nota esclarecendo que a remoção de Moreira Lima do Caso Cachoeira ocorreu em virtude de acolhimento de uma solicitação do próprio juiz, que "convergiu com os interesses do Tribunal”.
No dia 13 de junho, Paulo Moreira Lima encaminhou à Corregedoria do TRF ofício relatando as dificuldades que enfrenta em decorrência do cumprimento de seu dever no processo contra Cachoeira. No documento, ele afirma que adotou o "rígido protocolo” recomendado pela Polícia Federal e não tem mais aproveitado momentos de lazer ou repouso. No pedido, relata ainda que havia solicitado, em fevereiro, carro blindado mesmo em horário fora do expediente e viagem de três meses para o exterior a partir de setembro.
As investigações da Operação Monte Carlo revelam crimes de homicídio sob a suspeita de terem sido praticados a mando da organização de Cachoeira. Ao todo, foram denunciados 79 réus, sendo 35 policiais integrantes da Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar de Goiás.
"O juiz federal afirma claramente não ter mais condições de permanecer no caso por estar em situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de Goiás. Em face das graves denúncias expostas acima solicitamos o apoio dos ilustres pares na aprovação deste requerimento”, consta do documento.
A apreciação do requerimento depende de deliberação do presidente da CPI que se encarrega de montar a pauta das sessões administrativas.
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