O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, será ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro, nesta terça-feira (28). Ele cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro e chegou à capital paranaense na noite de segunda-feira (27).
Segundo a Polícia Federal (PF) do Paraná, Costa, provavelmente, passou a noite em um hotel da cidade. O esquema de segurança para o depoimento foi todo organizado pela Polícia Federal do Rio. Depois da oitiva, Costa deve voltar para o Rio de Janeiro, onde continuará a cumprir a prisão domiciliar.
O antigo executivo da estatal vai depor em um dos processos referentes à sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga fraudes em contratos firmados pela empresa com diversas empreiteiras. A audiência está marcada para começar às 9h.
Costa foi preso em março de 2014, quando a Polícia Federal deflagrou a Lava Jato, que investiga um esquema bilionários de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. À época, a investigação buscava provar que uma grande quadrilha de doleiros, chefiada por Alberto Youssef, agia no país. Durante as apurações, os policiais descobriram que um carro em nome de Costa estava registrado no endereço de um apartamento de Youssef, o que mudou o rumo da atuação policial.
Depois de ficar preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, Costa decidiu colaborar com a Justiça e fez um acordo de delação premiada. Segundo ele, as fraudes nos contratos da Petrobras ocorriam para favorecer partidos políticos. Depois de prestar os depoimentos e se comprometer a devolver todo o dinheiro que ganhou com a fraude, ele foi autorizado a cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro, onde mora com a família.
Galvão Engenharia
O processo no qual Costa vai depor nesta terça-feira é sobre supostas irregularidades em contratos envolvendo a construtora Galvão Engenharia. O nome da empreiteira foi relacionado à Operação Lava Jato em novembro de 2014, quando a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da investigação.
Na ocasião, o diretor de Negócios, Erton Medeiros, foi detido pelos policiais. Ele ficou detido inicialmente na Superintendência da Polícia Federal, mas na terça-feira (24) foi transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Atualmente, ele responde a um processo com outros seis acusados, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, uso de documento falso, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Dario de Queiroz Galvão Filho, sócio da empresa, ainda está preso. Até a última semana, ele estava na carceragem da Polícia Federal, mas também foi transferido ao CMP, a pedido dos policiais, que alegaram superlotação.
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