A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, decidiu em sessão administrativa na manhã desta quinta-feira (14.06) não convocar o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, para falar sobre ligações com Carlinhos Cachoeira.
Por 17 votos à 13, os parlamentares da comissão rejeitaram a ida de Pagot no Senado para falar sobre o Caso Cachoeira. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG) considerou não ser o momento mais adequado para a realização do depoimento de Pagot, apesar de que o mesmo declarou que gostaria de falar sobre o assunto na CPI.
A não aprovação gerou protestos, principalmente de alguns parlamentares do PSDB, do DEM e do PDT, que ameaçaram deixar a reunião. Pagot teria citado na imprensa que Cachoeira havia articulado a sua demissão do DNIT junto a Delta, além de relatar o uso de caixa dois em campanhas eleitorais do PT e PSDB.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) criticou o adiamento da convocação de Cavendish - o ex-presidente da Delta -, e Pagot, Ele disse que ambos são importantes para a CPI e que integrantes da comissão estariam com "medo" do que eles teriam a dizer.
“Algumas pessoas estão com medo, com receio da vinda a esta casa do senhor Pagot e do Cavendish. O Pagot é um fio desencapado. Ele precisa falar", disse Taques.
O senador Jaime Campos (DEN-MT), que votou a favor do comparecimento do ex-diretor do DNIT à CPI do Cachoeira, disse que era incompreensível que os demais parlamentares votassem contra a ida de Pagot à Comissão de Parlamentar de Inquérito. “É inadmissível o que estamos vendo aqui” pontuou.
Já o relator Odair Cunha, deixou claro que votou apenas a ida de Pagot naquele momento, mas garantiu que ele deve ser ouvindo futuramente para prestar esclarecimento sobre o seu envolvimento com o contraventor.
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