O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), voltou a criticar o Judiciário brasileiro e as leis no país. Segundo ele, o Brasil corre sério risco de ser dominado pelo crime organizado se não houver uma mudança legislativa que fortaleça o combate à criminalidade.
A crítica foi após a rápida soltura de criminosos flagrados com uma grande quantidade de drogas na fronteira de Mato Grosso. Durante o último final de semana, uma operação resultou na prisão de uma dupla com 420 kg de cocaína, que foi liberada em menos de 24 horas. "É um absurdo," declarou Mendes, questionando a eficácia das leis brasileiras e a atuação do judiciário.
Para o governador, o incidente evidencia falhas graves no combate ao tráfico de drogas, sugerindo que o problema reside na leniência das leis ou na ineficiência de sua aplicação pelo judiciário. “É mais um absurdo que mostra que ou o judiciário está falhando no cumprimento das leis, ou as leis nesse país é um fracasso, pois não é possível você prender alguém com 420 kg de cocaína em menos de 24h e esse cara está solto? Ou as leis nesse país são frouxas, como tenho dito, ou o judiciário está falhando”, complementou.
Mendes destacou o esforço e o risco enfrentados pelos policiais militares na fronteira do Estado, uma área de 800 km que exige vigilância constante contra o tráfico internacional de drogas. "Não dá para colocar um batalhão na fronteira, gastar milhões de reais por ano, arriscar a vida dos nossos policiais militares para tentar barrar o tráfico internacional, prender criminosos e, em menos de 24 horas, ver esses mesmos criminosos soltos," frisou.
O governador fez um apelo direto ao Congresso Nacional e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para serem tomadas medidas efetivas no sentido de endurecer as leis de segurança pública no Brasil. Mendes convocou os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a revisitar o tema com urgência.
“Ou o Congresso Nacional faz alguma coisa, ou vão entregar esse país para o bandido, para o tráfico de droga e para o crime internacional de droga. Não é possível um negócio desse, acho que o CNJ tem que agir ou o Congresso Nacional tem que agir. Isso não tem cabimento, nós temos que mudar isso nesse país ou entregaremos a chave para o bandido e para as facções criminosas”, pontuou.
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