O ex-secretário de Finanças de Cuiabá, Antônio Roberto Possas de Carvalho, rebateu o prefeito Abilio Brunini (PL) e afirmou que a dívida deixada pela gestão de Emanuel Pinheiro (MDB) não atinge os R$ 2 bilhões, como divulgado pelo atual gestor. A declaração foi feita na última terça-feira (15.04), durante sua posse como secretário de Administração de Várzea Grande.
Na semana passada, Abilio afirmou, ao apresentar o balanço dos 100 primeiros dias de governo, que pagou R$ 359 milhões em dívidas herdadas da gestão anterior — valor que corresponderia a aproximadamente 15% de um passivo total de R$ 2 bilhões. Contudo, Possas de Carvalho esclareceu que, desse montante, mais de R$ 1 bilhão se refere a precatórios — valores oriundos de decisões judiciais —, muitos dos quais acumulados ao longo das últimas duas décadas, não sendo, portanto, de responsabilidade exclusiva da gestão de Emanuel Pinheiro.
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O ex-secretário declarou, ainda, que, durante a gestão de Emanuel Pinheiro, foram contratados empréstimos no valor total de R$ 650 milhões, destinados a diversos setores, e que, ao longo dos oito anos de governo, mais de R$ 600 milhões em dívidas foram quitados, inclusive valores relacionados a precatórios. “
Só de precatórios há mais de R$ 1 bilhão. Isso não é da gestão de um único prefeito; vem se acumulando ao longo dos últimos 20 anos, como ocorre também em Várzea Grande. É por isso que o endividamento da Prefeitura de Cuiabá é tão elevado. No período da gestão de Emanuel foram contratados R$ 650 milhões em empréstimos e quitadas dívidas superiores a R$ 600 milhões. O que mais contribuiu para o crescimento da dívida foram os precatórios”, concluiu Possas de Carvalho.
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