VG Notícias
Pedro Nadaf
Documento vazado da decisão da juíza da Sétima Vara Criminal, Ana Cristina Silva Mendes, que determinou a Operação Quadro Negro, aponta que o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, intermediou a negociação com a empresa Avançar Tecnologia em Software, como também combinou a cobrança de propina a ser repassada para pagar dívida do ex-governador Silval Barbosa com o empresário Valdir Piran.
A empresa assinou em 2014 contratos com a Empresa Mato-Grossense de Tecnologia da Informação (MTI) (antigo Cepromat) para instalação de softwares em computadores em escolas estaduais, bem como programas educacionais, na Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).
Consta trechos do depoimento do ex-governador Silval Barbosa, usados nas investigações, que em 2014, Pedro Nadaf reuniu com Weydson Soares Fonteles representante da empresa Avançar, no qual ficou acertado que seria repassado 50% do valor do contrato (aproximadamente R$ 5 milhões), devendo assim realizar a devolução de R$ 2,5 milhões como forma de propina.
O documento aponta que o dinheiro devolvido seria repassado para Valdir Piran em decorrência de dívida que Silval detinha com o mesmo. “Dinheiro esse que Valdir Piran sabia se tratar de propina, eis que foi o próprio Piran quem indicou o empresário para a contratação junto ao Governo”, diz trecho extraído do documento.
Além disso, Silval afirmou que chegou entrar em contato com a então secretária de Estado de Educação, Rosaneide Sandes (atual deputada federal), se ela necessitava dos serviços realizados pela empresa Avançar, tendo a gestora agendado uma reunião com o empresário Weydson Soares, a fim de conhecer o produto fornecido pela empresa, e que posteriormente Rosaneide disse ter interesse nos produtos e serviços da Avançar.
Porém, outros documentos que revelam mais detalhes do negócio estão sob sigilo.
Outro lado - A reportagem do VG Notícias entrou em contato por diversas vezes com a deputada federal Rosaneide, então secretária de Educação na época, para saber se ela tinha conhecimento do contrato, porém, ela não atendeu e não respondeu os questionamentos por aplicativo de mensagens.
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