A senadora eleita e juíza aposentada Selma Arruda (PSL), segundo o Jornal O Estado de São Paulo, saiu em defesa de Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e disse que os documentos do Coaf não mostram “nenhuma irregularidade”. O Jornal Nacional mostrou que o Coaf identificou movimentações fracionadas na conta bancária dele, o que “desperta suspeita de ocultação da origem do dinheiro”.
Um novo trecho do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sobre movimentações bancárias atípicas de Flávio Bolsonaro, aponta que ele fez um pagamento de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa Econômica Federal. O Coaf diz que não conseguiu identificar o favorecido. Também não há data e nenhum outro detalhe do pagamento.
Selma Arruda disse que “As coisas têm de ser esclarecidas em seu tempo e hora. Não tenho conhecimento, não peguei o processo, o inquérito. Fui juíza por 22 anos e aprendi a só formar opinião quando eu vejo as coisas na minha frente.”
AIJE - Selma Arruda é investigada em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por suposto abuso de poder econômico e caixa dois na campanha eleitoral - e suas contas estão pendentes para ser julgadas ainda este mês, com parecer da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) pela reprovação.
O Tribunal Regional Eleitoral reiterou o pedido para que as instituições financeiras apresentem a movimentação bancária (quebra de sigilo) das contas de Selma e de seu suplente, Gilberto Possamai, por meio do sistema Simba.
Movimentação suspeita - Além de movimentar R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, o ex-assessor de Flavio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, teria outras movimentações financeiras suspeitas apontadas em relatório do Coaf. Segundo Lauro Jardim em O Globo deste domingo (20.01), mais R$ 5,8 milhões teriam passado pela conta corrente de Queiroz nos dois anos anteriores (2014 e 2015). Ou seja, em três anos, ele movimentou R$ 7 milhões.
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