O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, convidou o senador Wellington Fagundes (PL-MT) para participar do lançamento oficial do estudo clínico de fase 1 de uma vacina nacional contra a Covid-19, com a aplicação da primeira dose do imunizante. Será nesta quinta-feira, 13, em Salvador (BA). Fagundes foi o relator da Comissão Temporária da Covid-19 do Senado e um dos principais entusiastas da produção da vacina brasileira.
O imunizante a ser aplicado em grupo de brasileiros é o RNA MCTI Cimatec HDT. Ele é baseado na tecnologia de RNA replicon autoamplificante, capaz de codificar a proteína spike do coronavírus causador da Covid-19. Nesta etapa, serão avaliadas a segurança, reatogenicidade e imunogenicidade da vacina contra o coronavírus.
Ao convidar o senador para o evento, Pontes ressaltou que a RNA MCTI Cimatec HDT é uma vacina feita por cientistas brasileiros em parceria com cientistas americanos. Ele explicou que se trata de um imunizante importante para o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, não só para a pandemia de Covid-19, mas também para outras pandemias. “É importante o Brasil dominar essas tecnologias", afirmou Pontes.
O ministro reconheceu o trabalho da CT da Covid como fundamental nesse processo, sobretudo, no momento mais agudo, no ano passado, quando faltaram recursos para prosseguimento dos estudos. Liderados por Fagundes, senadores cobraram e conseguiram do Governo recomposição de parte do orçamento do ministério para sequência dos trabalhos de desenvolvimento da pesquisa.
“Conforme havíamos previstos, 2022 será um ano importante para vencer o novo coronavírus” – disse o senador mato-grossense ao destacar o intenso trabalho desenvolvido na CT da Covid-19 em apoio aos projetos de estudos e pesquisas para que o Brasil possa ter e produzir seu próprio imunizante. “Sempre defendemos que pudéssemos ter independência no combate à pandemia” – lembrou.
Fagundes previu que o Brasil será “independente na produção e comercialização de vacinas” e também servirá de referência a toda América Latina – criando um isolamento às novas cepas – como também precavendo o Brasil em caso de novas endemias e pandemias. “Estamos diante de novas variantes e as condições que estamos criando são estratégicas do ponto de vista da saúde da população” – frisou.
No começo da semana, a Fundação Oswaldo Cruz anunciou que deverá entregar já em fevereiro, para o Ministério da Saúde, as primeiras doses da vacina contra a covid-19 totalmente fabricadas com o Insumo Farmacêutico Ativo, IFA nacional, produzido por Bio-Manguinhos, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos. Em vigor também a Lei 14.187/21, de autoria do senador do PL, que autoriza fábricas que já produzem vacinas de uso veterinário a produzir imunizantes ou insumos farmacêuticos ativos (IFA) contra a Covid-19.
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