O deputado federal eleito, Neri Geller (PP), disse em entrevista ao oticias no Ar nesta terça-feira (27.11) que sua prisão foi “ equivocada”, pois nunca foi chamado para prestar esclarecimentos e saiu de lá com a consciência limpa.
Geller foi preso em 09 de novembro em sua casa em Rondonópolis (212 km de Cuiabá), na Operação Capitu, da Polícia Federal (PF), que investiga suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o Governo da então presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com as investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Em troca, empresas do grupo eram beneficiadas.
No entanto, ao oticias No Ar, Geller disse que nunca fez nada de ilícito nestes 22 anos de vida pública e que está com a consciência tranquila. “Eu saí com a consciência limpa, eu fui citado apenas por uma pessoa. Mas, os principais delatores, que é o Joesley Batista, o Ricardo Saud e o doleiro, eles disseram que todas as tratativas foram republicanas. Eu apoiei muita gente politicamente e pedi apoios também, mas tudo foi muito claro e lícito. Em momento nenhum fiz qualquer acordo obscuro, em 22 anos de vida pública, eu nunca fui chamado para dar esclarecimento. Respeito muito o trabalho da Polícia Federal. A minha prisão foi equivocada, poderia ser chamado para depor”, declarou Geller.
Esta é a primeira vez que Geller concede entrevista à imprensa após a sua prisão. "A minha assessoria jurídica me pediu para não falar com a imprensa e nem com a PF, porém quero ser transparente. A assessoria falou que eu poderia me contradizer e eu falei: quem não mente, não se contradiz. Antes de falar com a imprensa, eu queria olhar o processo para saber o que estava acontecendo”, destacou Neri.
Agronegócio - Questionado sobre a taxação do agronegócio, Geller disse que é preciso enxugar a máquina pública e precisa ter cautela para taxar o agronegócio.
“Eu falei para o governador Mauro Mendes, nós estamos transformando este Estado em uma grande potência agroindustrial. Estamos movimentando seis toneladas de milho no mercado interno. Temos matéria prima barata. O governador precisa enxugar a máquina, gastar com eficiência e não pode cortar o orçamento da imprensa, que faz divulgação do Governo. O excesso que temos é a nossa folha, que excede 50% da receita, não dá. Temos que combater a sonegação e rever os incentivos fiscais e é necessária a reposição da Lei Khandir, vamos fazer este debate na Câmara Federal”, pontua Geller.
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