O empresário Paulo Fiúza (PV) diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) no lugar do senador José Medeiros (Podemos) nesta quarta-feira (08.08), em entrevista exclusiva ao oticias, relatou se sentir “Justiçado”. Segundo ele, seu objetivo, ainda que não fosse empossado, seria mostrar a verdade.
“Nesses sete anos e sete meses meu maior objetivo era reestabelecer a verdade - que realmente houve fraude, e a verdade foi reconhecida pelo Tribunal, por unanimidade. E mesmo que eu não assumisse um dia sequer no Congresso, eu queria reestabelecer à verdade e esta é a minha grande vitória”, desabafou.
Fiúza relatou que após a diplomação, seu próximo passo será requerer a vaga ocupada por Medeiros. O empresário pontuou que mesmo que o Tribunal possa aceitar um recurso, a posse se dará assim mesmo.
“Após a diplomação e o ofício de encaminhamento é que vou tomar as providências para a posse, que deverá ser de imediata. Vou entrar com pedido amanhã e daí vai depender do tramite da Secretaria do Senado. Se não for sexta-feira, será na segunda-feira”, garantiu.
Questionado sobre a demora da Justiça em solucionar o impasse, Fiúza lembrou que foram sete anos. Segundo ele, a ação tramitava mesmo quando o governador Pedro Taques ocupava a vaga no Senado.
“Na verdade, a ação demorou sete anos e sete meses, a última etapa dela, que foi quando Medeiros assumiu, então essa foram três anos e sete meses, mas mesmo durante o mandato que o Taques estava exercendo a ação já estava correndo na Justiça. Não podemos esquecer que ano passado Medeiros foi até multado por este Tribunal por litigância de má fé, porque estava protelando a ação”, pontuou.
Sobre quem seria o responsável por fraudar a ata, Paulo Fiúza disse que o relator fez algumas pontuações, mas as investigações ficaram sob a responsabilidade da Polícia Federal.
“O relator fez algumas colocações, e agora já está na Polícia Federal, cabe a PF investigar. ”
Ao finalizar, Fiúza responde sobre a conduta do senador José Medeiros. “Eu quero garantir a toda à imprensa, a todo país e todo Tribunal que ele (Medeiros) foi o beneficiado. E no primeiro momento que ele soube, que tinha sido eleito com uma ata falsa, eu acho que a atitude mais correta dele seria averiguar e tomar uma providência”, concluiu.
Confira a entrevista em duas partes:
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