Em audiência de conciliação com o ministro André Mendonça do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (25.01), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), propôs uma abordagem mais seletiva em relação à pesca no Estado. Ele sugeriu a proibição de pesca, transporte e venda de apenas 14 espécies de peixes, permitindo, assim, a atividade para as demais espécies.
Entretanto, em um evento no Palácio Paiaguás na quarta-feira (24), Mendes adotou um discurso mais irredutível em defesa da Lei do Transporte Zero, de sua autoria, que entrou em vigor no início de 2024. Essa lei proíbe o transporte, armazenamento e comercialização de peixes dos rios de Mato Grosso por cinco anos.
Segundo Mendes, "com o recadastramento, muitos que nunca foram pescadores vão perder a mamata". Contudo, demonstrou irritação quando questionado sobre os pareceres contrários sobre a lei estadual. “E daí? E daí? Ela foi aprovada aqui, o Supremo é quem vai dar a última palavra, se fosse suficiente o parecer. Eu já vi pareceres sendo contrariados por juízes, ministros, desembargadores”, declarou Mendes, desafiando, mostrar que a falta de peixe no Rio Cuiabá e Barão de Melgaço é mentira.
Pela proposta de Mendes, ficaria proibido o transporte das seguintes espécies: barbado, bicuda, cachara, carapari, dourada, dourado, jaú, matrinchã, pacu, pintado, piraíba, pirara, pirarucu e surubin.
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