O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) em seu discurso na manhã desta terça-feira (03.11), recordou momento de “pânico” vivido ao lado do novo secretário de Estado de Educação, Alan Porto e da ex-secretária, professora Marioneide Kliemaschewsk, por atrasos no pagamento dos fornecedores da Educação.
“Um dos momentos mais marcantes daquela situação foi o dia que Marioneide me ligou desesperada: 'governador eu preciso urgente falar com o senhor'. Eu disse: pois bem, o que é, chega ela e o Allan desesperados porque tinha um fornecedor com revolver na cintura andando nos corredores da Seduc ameaçando, porque estava há meses sem receber. isso era uma realidade dentro do Estado, então, o grande desafio era mudar tudo isso”, relata.
Para promover a mudança e recuperar as finanças de Mato Grosso, Mendes conta que precisou promover alguns “enfrentamentos” e precisou comprar “briga” com diversos setores e conta que "não poupou ninguém."
“Não fui injusto com ninguém, o Agronegócio reclamou muito, o comércio reclamou, a indústria reclamou, os servidores reclamaram bastante, mas todos estão dando uma contribuição para recuperarmos esse Estado, pouco mais de uma ano depois de medidas corretas, nós começamos a colocar esse Governo de Mato Grosso no rumo novamente. Hoje temos um Governo que paga os seus salários em dia, que paga seus fornecedores em dia, que grande parte das obras que estavam paralisadas, quase 500 já foram retomadas”, destaca.
Ele ainda enfatizou o programa “Mais MT” com investimentos em todas as áreas, que inclui a retomada das obras do Hospital Central, paralisadas há 35 anos: “Semana passada anunciamos o maior programa de ações de investimentos. Mato Grosso vai investir só no ano que vem mais de R$ 3 bilhões, em todas as áreas e principalmente nas áreas essenciais”, disse o governador.
De acordo com Mendes, muitas das mudanças que resultaram na retomada da credibilidade foram sugestões de servidores. Para o governador, o investimento na sede nova da Seduc e na capacitação dos servidores vai proporcionar condições para atender as 756 escolas do Estado.
“Queremos escolas melhores, vamos climatizar 300 escolas que faltam, queremos dar condições dentro da sala de aula para o aprendizado. São 383 escolas que precisam de manutenção, escolas para serem construídas, para serem totalmente reformadas”, disse Mendes.
Em seu discurso, Mendes ainda destacou que a retomada da credibilidade levou ao Banco Mundial oferecer um empréstimo de quase R$ 500 milhões, que decidiu investir exclusivamente em Educação.
A oferta do empréstimo foi vista com entusiasmo por Mauro, que lembrou que Mato Grosso depois de 10 anos no vermelho, 10 anos gastando mais do que arrecada, fechou 2019 no azul.
“Quando você tem uma boa gestão, ou seja, você arrecada corretamente, gasta corretamente, tem equilíbrio entre receita e despesa, você tem paz, tranquilidade para planejar seus objetivos finais. Pela primeira vez na história nós estamos negociando com o Banco Mundial, que veio nos oferecer, não fomos atrás deles não, eles vieram oferecer pela primeira vez um financiamento e nós dissemos sim, queremos esse financiamento para pagar em 20 anos, só que nós queremos para investir exclusivamente em Educação. Queremos melhorar as nossas escolas, investir em tecnologia, queremos nas escolas materiais tão bons como tem nas escolas privadas do Brasil e de Mato Grosso”, disse o líder do Poder Executivo.
Contudo, ao direcionar a fala ao novo secretário de Estado de Educação, Alan Porto, Mendes disse que não irá interferir na escolha do adjunto e de sua equipe, porém, disse que irá cobrar resultados.
“Eu dou a eles liberdade, assim como vou cobrar cada dia mais, porque nós temos hoje melhores condições e quanto mais condições mais responsabilidade e mais terá que dar retorno, nós temos que dar bons resultados”, finaliza.
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