O governador Mauro Mendes (DEM) em entrevista nessa terça-feira (26.01) não poupou críticas à greve dos policiais penais em Mato Grosso, que desencadeou na fuga de 14 presos na Penitenciária de Água Boa (730 km a leste de Cuiabá). Atualmente a greve por equiparação salarial está suspensa para negociações com o Governo.
“Com relação às fugas, o Governo está apurando, a Secretaria está apurando porque não é comum. Fazia tempo que não ouvia falar em fuga aqui. Agora, no meio de uma greve tem fugas no mínimo ridículas. O que aconteceu em Água Boa no mínimo houve uma falha grave ou omissão. Então, isso tem que ser apurado”, declarou o governador em entrevista nessa terça-feira (25.01) à Rádio Vila Real.
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Mauro destacou que essa investigação não é feita por um Sindicância, que irá verificar as causas e se houve negligência por parte dos responsáveis pelo serviço. “Agora! Cá entre nós, o cara fura um buraco, cavando aquele mundaréu de terra vários dias, não é possível que ninguém viu. Então, tem muito cheiro, muito indício de algum tipo de negligência ou até mesmo de conivência. Agora quem tem que apurar isso, é a Comissão de Sindicância”, questionou Mauro.
INVESTIGAÇÃO - A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da fuga dos 14 presos de alta periculosidade da Penitenciária de Água Boa (730 km a leste de Cuiabá). Os fugitivos escavaram um túnel, de aproximadamente 30 metros, que saiu da cela 1, localizada na Ala 1 do Raio Azul, destinado a criminosos de alta periculosidade.
Para cavar o túnel no piso que tem entre 20 e 30 centímetros de espessura, os presos utilizaram instrumentos artesanais feitos a partir de materiais das grades e das paredes das celas.
Até o momento foram recapturados seis, dos 14 presos que fugiram da penitenciária regional, e um morreu em confronto com policiais militares no município de Canarana.
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