O governador Mauro Mendes (DEM) opinou nesta quarta-feira (19.05) sobre a CPI da Covid conduzida pelo Senado Federal. O gestor mato-grossense espera que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) atue “com seriedade e responsabilidade”.
“Cabe agora aos parlamentares fazerem as investigações com seriedade, com responsabilidade, sem pirotecnia e barulho. É isso que eu espero. É um direito que o Legislativo tem e defendo que ocorra desta forma”, declarou o governador em entrevista à Rádio Difusora de Nortelândia.
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A CPI que investiga as ações do Governo Federal também apura a aplicação de recursos federais relativos à pandemia por Estados e municípios. Sobre a ampliação aos Estados, Mendes classificou como “um dever” dos gestores a prestação de contas à sociedade.
Conforme o governador, “já foram aplicados mais de R$ 640 milhões desde o início da pandemia em 2020, sendo R$ 371 milhões de recursos próprios do Governo de Mato Grosso e R$ 260 milhões do Governo Federal”.
“Usamos esses valores para custear os hospitais, as UTIs, medicamentos, testes, contratação de pessoal... Uma única UTI custa em média R$ 2 mil por dia. Nós estamos bancando mais de 600 em todas as regiões. São mais de R$ 36 milhões por mês só com UTIs. Fizemos grandes investimentos para salvar vidas de quem infelizmente teve uma complicação maior”, destacou.
Prestação de Contas – Segundo o Governo, do valor total, foram investidos R$ 400,7 milhões com contratações e despesas nacionais, a exemplo de serviços de UTIs, leitos clínicos, médicos e equipamentos (R$ 244 milhões), aquisição de equipamentos (R$ 38,7 milhões), serviços hospitalares (R$ 19,9 milhões), além de despesas com exames, medicamentos, insumos, ambulâncias, mobiliário e testes.
Mais R$ 35,7 milhões foram usados para aquisições fora do país, como a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), testes, equipamentos e serviços de importação.
Também houve investimento de R$ 34,2 milhões para estruturar e ampliar a rede hospitalar estadual, sendo R$ 20,6 milhões ao Hospital Metropolitano de Várzea Grande; R$ 3,4 milhões para a rede de frios; R$ 5,2 milhões para o Hospital Regional de Colíder e R$ 5 milhões para a ampliação no Regional de Cáceres.
Outro foco da gestão foi a abertura e custeio dos leitos de UTI, em parceria com as prefeituras, espalhados por todas as regiões de Mato Grosso. Foi repassado um total de R$ 89,6 milhões para os municípios realizarem a manutenção dos leitos, que custam em média R$ 2 mil por dia, cada leito. Mais R$ 5,7 milhões foram destinados a auxiliar os municípios no custeio dos centros de atendimento e de triagem.
Ainda foram destinados R$ 76,1 milhões para as despesas com pessoal, englobando os profissionais de saúde de todos os hospitais estaduais, e de unidades como o Centro de Triagem Covid-19 e o Laboratório Central, bem como o pagamento do adicional aos profissionais da linha de frente.
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