O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu neste sábado (01.02) com a bancada do PL (Partido Liberal) para reforçar a orientação de que a sigla votasse de forma coesa em Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados e em Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para o comando do Senado Federal. O encontro ocorreu na sede do partido, em Brasília (DF).
Bolsonaro reafirmou que sua base de apoio está em crescimento e destacou que sua luta não é individual, mas coletiva, buscando, assim, fortalecer o vínculo com seus seguidores.
Ele também sugeriu que, se pensasse apenas em si, teria deixado o Brasil. No entanto, reforçou sua decisão de permanecer, apresentando-se como um líder que não abandona sua missão. Esse tipo de discurso tem sido recorrente em sua trajetória política, especialmente após sua inelegibilidade e diante das investigações que o cercam. “Não é por mim, é por nós. Se eu fosse pensar em mim, daria fora do Brasil, mas nunca vou abandonar esse nosso país aqui”, disse Bolsonaro.
A menção a "comparações" sobre a facada de 2018 pode indicar um exercício de suposição sobre como os rumos do país teriam sido diferentes caso o atentado tivesse sido fatal. Esse tipo de argumentação reforça a narrativa de que sua sobrevivência e ascensão política foram quase um "milagre" — discurso frequentemente utilizado por ele e seus apoiadores.
A referência à pandemia e ao Orçamento de Emergência remete à sua gestão e às decisões econômicas tomadas naquele período. Ao insinuar que, sob outro governo, "estariam todos" em dificuldades, Bolsonaro busca sustentar a ideia de que sua condução da crise foi mais eficaz do que teria sido sob qualquer outra liderança.
Entretanto, a falta de coesão em sua fala e algumas passagens truncadas sugerem uma comunicação desorganizada, possivelmente resultado de improviso ou de um discurso proferido sob forte emoção. Ainda assim, para seu público fiel, o tom espontâneo e combativo continua sendo um diferencial que mantém seu apelo político.
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