O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), garantiu nesta sexta-feira (31.01), em entrevista à imprensa, que será aberto um procedimento administrativo para investigar as circunstâncias da morte de uma mulher de 41 anos no Hospital Municipal da Capital (HMC) com suspeita de dengue. O chefe do Executivo declarou que, se for constatada alguma irregularidade na questão do atendimento, serão adotadas as devidas providências.
Inicialmente, a secretária Municipal de Saúde, Lúcia Helena Barboza Sampaio, declarou que o sigilo de dados do paciente é inviolável e que detalhes de todo o processo de atendimento até o óbito serão repassados para as pessoas que detém direito legal.
Contudo, garantiu que todo o atendimento foi realizado dentro do trâmite legal estabelecido pelo Ministério da Saúde, e que a paciente somente foi transferida da UBS do Tijucal após ser verificado que ela não apresentou uma evolução clínica de melhora – sendo que antes ela passou pelo médico e foi medicada.
Sobre as causas da morte, Lúcia Helena declarou que ainda não é possível confirmar que o óbito foi em decorrência de suspeita de dengue ou outra patologia associada.
“Eu não tenho acesso aos exames que ela realizou para identificação de chikungunya, e não posso falar que ela é um caso confirmado de uma das patologias. Pelo que está escrito no prontuário, é possível que sim, mas não posso confirmar que foi motivo do óbito da paciente. O que posso garantir é que a Secretaria está aberta e transparente para as pessoas que tiverem direito legal de olhar os prontuários e atendimentos que foram feitos com essa paciente, mesmo antes desse episódio”, disse a secretária.
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Já o prefeito Abilio Brunini deixou claro que solicitará abertura de procedimento administrativo para investigar o caso, assim como deixou aberto para que o Conselho Regional de Medicina (CRM) e até o Ministério Público Estadual (MPE) participem da apuração ou possam fazer a própria investigação.
“Nós vamos abrir uma investigação sobre esse caso, se o Conselho de Medicina quiser participar, assim como ele também tem poder de fazer essa investigação. Sindicato dos Médicos, o Ministério Público pode investigar o caso”, declarou o prefeito.
Ele ainda criticou o suposto fake news que vem sendo disseminada, no sentido de que a paciente teria vindo a óbito na UBS do Tijucal, o qual o gestor disse que tem como objetivo criar um “caos” na Saúde da Capital para que as pessoas deixem de buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. A morte ocorreu, na verdade, no HMC, depois da paciente procurar a UBS e ser encaminhada ao hospital.
“Acontece que às vezes tem como distorcer a realidade, passando mentiras e informações infundadas como essa (morte na UBS), prejudicando todo o relacionamento que a gente está construindo com a sociedade e com o sistema de saúde do município”, finalizou.
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