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Política Segunda-feira, 22 de Maio de 2023, 17:11 - A | A

Segunda-feira, 22 de Maio de 2023, 17h:11 - A | A

Chapada dos Guimarães

Mauro Mendes briga para estadualizar Parque Nacional de Chapada, mas negligencia os parques estaduais

O governador afirma possuir um orçamento de 200 milhões de reais destinados a investimentos no Parque

Carlos Oliveira /VGN

O governador Mauro Mendes (União) tem se dedicado a uma busca constante em Brasília desde a gestão do governo anterior, com o objetivo de promover a estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Neste ano, ele fez uma promessa audaciosa: elogiar publicamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso sua solicitação fosse atendida.

Mendes afirma possuir um orçamento de 200 milhões de reais destinados a investimentos no Parque, o que o leva a criticar veementemente a licitação realizada no final do ano passado para a exploração dos atrativos turísticos do local. A empresa vencedora desta licitação comprometeu-se a investir 18 milhões de reais ao longo de 30 anos no Parque.

No entanto, é importante esclarecer que a licitação criticada por Mauro ocorreu em dezembro de 2022. O governo participou, mas foi desclassificado devido à falta de documentação. Vale ressaltar que essa licitação se referia à concessão da gestão dos atrativos do Parque e não tinha qualquer relação com a estadualização, conforme explicado pelo professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Caiubi Kuhn.

"Primeiramente, cabe esclarecer ao leitor que estadualização e concessão são duas coisas diferentes. Na estadualização, tanto a gestão ambiental, as terras do Parque e a gestão dos atrativos turísticos passariam do Governo Federal para o Governo do Estado. Na concessão, apenas a gestão dos atrativos passa para a iniciativa privada por 30 anos, enquanto a gestão ambiental e as terras do Parque permanecem sob responsabilidade do Governo Federal", explica Caiubi.

Mauro Mendes tem defendido a estadualização do Parque, mas seu verdadeiro interesse parece estar na concessão da gestão dos atrativos turísticos. Isso fica evidente em sua crítica contundente à licitação e até mesmo na judicialização após ter sido desclassificado. É preocupante observar que o governador não demonstra a mesma disposição em investir nos parques estaduais, negligenciando-os simplesmente porque não possuem o mesmo potencial turístico atrativo do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

O professor Caiubi destaca a necessidade de investimentos em dois parques estaduais localizados em Chapada, que poderiam se tornar excelentes atrativos turísticos se recebessem apoio do governo estadual.

Um desses parques é o Parque da Quineira, localizado dentro do perímetro urbano, entre a MT 251 e a piscina pública. Segundo o professor, essa área possui um grande potencial para se transformar em um excelente parque urbano. Com a implementação de pistas de caminhada, jardins bem cuidados e a criação de centros de recreação e outras estruturas complementares, o local poderia oferecer um ambiente agradável e propício para recreação, lazer e contato com a natureza, beneficiando a comunidade local.

Outro atrativo apontado por Kuhn é o Mirante. Apesar de atualmente não possuir estrutura adequada e estar interditado devido aos riscos ambientais causados pelo aumento das erosões ao longo dos anos, o Mirante ainda é um dos principais atrativos do município e atrai muitos visitantes. O professor explica que o local poderia ser perfeitamente estruturado para o turismo, oferecendo serviços de alimentação, estacionamento e interpretação turística, proporcionando uma experiência agradável aos visitantes.

É difícil compreender por que Mauro Mendes está tão determinado em estadualizar um único parque, quando temos diversos outros parques estaduais que também estão carentes de investimentos. 

Se o governador tem uma reserva de 200 milhões para investir no Parque Nacional, fica a questão de quanto ele está disposto a destinar para os parques estaduais. A falta de investimentos nesses locais de importância também merece atenção e recursos para preservação e promoção do potencial turístico dessas áreas.

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