O governador Mauro Mendes (DEM) criticou nesta quarta-feira (17.02) o plano de vacinação contra a Covid-19 do Governo Federal. De acordo com ele, o Estado irá solicitar autorização do Ministério da Saúde para adquirir doses da vacina contra a Covid-19 diretamente dos laboratórios.
“Temos que reconhecer que o programa nacional de vacinação não está desempenhando bem. Nós temos na média pouco mais de 3% de brasileiros vacinados. Existe uma segunda onda, uma terceira onda. O vírus varia muito, então nós precisamos ter medidas muito mais arrojadas diante do tamanho do problema que nós estamos vivendo. Diante disso a responsabilidade é do Ministério da Saúde comprar as vacinas, porém, alguns Estados teriam condições também de comprar”, declarou o gestor em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Segundo ele, as vacinas têm chegado ao Estado de forma lenta e gradual, comprometendo a distribuição aos 141 municípios e que diante disso entende como medida urgente o Ministério da Saúde intermediar negociação entre os Estados e os laboratórios para aumentar a disponibilização do imunizante – levando em consideração que os laboratórios afirmam que neste momento estão apenas negociação com o Governo Federal.
“Não sou só eu, aqui no Brasil temos outros governadores tentando comprar também, por isso precisamos dessa intermediação. Nós estamos trabalhando, neste momento, apenas com aquilo que o Ministério da Saúde está disponibilizando, mas é muito pouco. A vacina chega lentamente, prejudica nossa logística, porque recebemos 30 mil doses e eu tenho que distribuir para 141 municípios, em um Estado gigantesco como Mato Grosso. É avião voando pra cá, pra lá, carro saindo, e em 15 dias chegam mais 60 mil doses. Então, a conta-gotas”, disse o democrata.
Mendes ainda defendeu a permanência do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no cargo sob a alegação de que neste momento da pandemia e da distribuição das vacinas a substituição pode trazer inúmeros prejuízos administrativos no avanço ao combate à pandemia no Brasil.
“Pelo que conhecemos dele (Jair Bolsonaro), ele não irá fazer porque A, B ou C, Federação está pedindo. O presidente não tem essa característica. Se isso não surtir efeito prático, pode gerar desgaste político. Eu vejo que essa medida não resolve. Uma troca neste momento poderia ser mais desastrosa. Isso não é bom negócio na minha opinião”, finalizou.
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