Enquanto os que podem vir a ser seus adversários não se entendem - com duas candidaturas, em repouso, da federação "Brasil da Esperança", composta pelo PT, PV e PCdoB, principalmente -, e sem a probabilidade de uma terceira via, o governador Mauro Mendes (União) se vê a cavaleiro no xadrez eleitoral deste ano. Mauro tem mandado para frente, ao pode, o dia do anúncio sobre candidatura à reeleição, mas os indicativos, neste momento, são de que ele assumirá a condição de candidato.
Na última sexta-feira (01.07), durante a inauguração do Fórum de Várzea Grande, para se ter uma ideia, ele não negou a eventual candidatura, mas foi econômico com as palavras: “Creio que antes do fim deste mês darei uma posição, é uma cobrança de vocês [jornalistas] e de aliados, mas é uma decisão difícil e que tem que ser pensada”, ponderou.
Nos últimos dias, o governador tem aparecido mais sorridente, menos tenso e até 'cantante' em encontros e nas suas redes sociais. O que era para ser uma resposta até às convenções – que vão até 05 de agosto -, passou a ser “de uma resposta em duas semanas".
Aliados e interlocutores apostam na candidatura à reeleição, passados os dias de tensão
No panorama atual, Mauro Mendes tem, pelo menos, cinco razões para ser candidato: (1) a sua gestão é bem avaliada; (2) os seus eventuais concorrentes batem cabeça e nem candidato definido têm, além de que não conseguem dissipar desentendimentos internos; (3) na Capital e Interior, Mendes contaria com aliados de considerável poder de voto; (4) o União é a maior e mais estruturada legenda do Estado; (5) e ,finalmente, a primeira-dama, Virgínia Mendes, apresenta felizmente um quadro clinico de melhora e recuperação acentuadas.
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Em 2015, então prefeito de Cuiabá, Mauro até ensaiou uma reeleição quando tinha mais que 80% de aprovação popular, e desistiu alegando "diálogo com a família", mas agora, conforme o senador e defensor do projeto da sua reeleição Fábio Garcia (União), a situação é outra.
Com essas perspectivas, mesmo que venha afirmando que ser candidato é uma decisão que precisa ser muito bem pensada e que o governo desgasta e o afasta da família para cumprir agendas oficiais, o governador certamente não perderá a oportunidade de concorrer. Pelo menos é o que pensam seus aliados e interlocutores, apoiadores e analistas.
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