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Lula diz que é vitima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de historia
O ex-presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que foi vítima da maior mentira Jurídica contada em 500 anos de história. Segundo ele, se tem um cidadão que tem razão de estar magoado com as chibatadas, seria ele. “Mas não estou. As pessoas pensam que depois de dar as chibatada, joga sal e pimenta e não importa as cicatrizes que ficam, sei que sou vitima da maior mentira jurídica”, declarou ele.
O discurso do ex-presidente foi na manhã desta quarta-feira (10.03), durante uma coletiva de impressa, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular suas condenações na Lava Jato por entender que a 13ª Vara de Curitiba não tinha competência para analisar os casos. Leia matéria relacionada – Ministro Edson Fachin anula condenações de Lula na Lava Jato
O ex-presidente lembrou a morte da esposa, do irmão e de milhares de pessoas que morreram em decorrência da Covid-19. “Marisa morreu por conta do AVC, fui proibido de visitar meu irmão dentro de um caixão, e ainda disseram que não poderia ter uma fotografia. Um brasileiro que tem razão de ter muitas mágoas, mas não tenho - o sofrimento que o povo brasileiro está passando nesse país é infinitamente maior que qualquer crime que cometeram contra mim, é maior que cada dor que eu sentia quando eu estava preso na PRF. Não há dor maior para um ser humano do que ele chegar na hora do almoço e não ter um prato de feijão com farinha para dar para o seu filho. Cidadão saber que está desempregado e não vai ter o salário para sustentar sua família, a dor que eu sinto não é nada diante da dor de milhões e milhões de pessoas, é muito menor do que sofrem quase 270 mil pessoas que viram seus entes queridos morrerem, seus pais, seus avôs, e sequer puderam se despedir dessa gente na hora que a gente considera sagrada, a última visita, a última olhada e muito mais gente está sofrendo. Quero prestar minha solidariedade às vitimas do coronavírus, ao pessoal da área da saúde, privada e pública, mas, sobretudo, dos heróis e heroínas do SUS que foram tanto tempo”.
As palavras do petista são em relação às famílias que estão sofrendo, passando fome e perdendo seus entes queridos em decorrência da pandemia da Covid-19 no país e no mundo.
Para ele, a questão da vacina não é questão de ter dinheiro, e sim saber qual o papel do presidente da República para seu povo. Segundo Lula, presidente não é eleito para falar bobagem no “fake News” e nem incentivar a compra de armas. "A questão da vacina não é questão que tem dinheiro, é saber qual o papel do presidente da República, no papel do seu povo. Presidente não é eleito para falar bobagem nem fake News, incentivar a compra de armas, quem esta precisando de armas são as forças armadas, é a nossa polícia, que muitas vezes sai para rua pra combater a violência com 38 velho, enferrujado, não são milicianos que precisam de armas para fazer terrorismo na periferia desse país, meninas e meninos negras são as maiores vitimas, estamos vivendo um momento delicado", desbafou.
Lula disse que o Brasil está desgovernado. “Esse país está totalmente desordenado e desagregado porque não tem Governo. Vou repetir esse país não tem Governo, esse país não cuida da economia, esse país não cuida do emprego, do salário, da saúde, do meio ambiente, da educação, do jovem, da meninada da periferia. Ou seja, do que eles cuidam?”, declarou Lula.
O ex-presidente contou ainda que semana que vem deve tomar a vacina contra a Covid-19. Segundo ele, não importa de que país ou quantas doses tomará, mas fará propagando para os brasileiros. Ele pediu oas brasileiros para não seguir a orientação de Bolsonaro. “Não siga nenhuma decisão imbecil do presidente da República, Jair Bolsonaro ou do ministro da saúde, Eduardo Pazuello. Tome vacina. Tome vacina porque a vacina é uma das coisas que pode livrar você do Covid-19”, disse.
Em seu discurso, Luíz Inácio também fez críticas à imprensa, e defendeu a liberdade de expressão.
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