O pré-candidato a presidente pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que irá manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600 se vencer as eleições em outubro. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Correio Braziliense.
Ao jornal, Lula afirmou que ainda durante a pandemia, deputados e senadores petistas já defendiam o valor de R$ 600 do então Bolsa Família – transformado posteriormente em Auxílio Brasil. Segundo ele, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) só resolveu aumentar o valor do auxílio diante da proximidade do pleito, assim como a concessão de outros benefícios sociais.
“Eu quero manter. O PT queria que o auxílio fosse de R$ 600 já em 2020. Bolsonaro que fez uma coisa engraçada: criou uma série de benefícios em período eleitoral que duram até dezembro. Depois disso, vale a palavra de Bolsonaro, que não vale nada, como o mundo sabe, porque todo mundo sabe que ele é mentiroso”, disse o pré-candidato petista ao jornal.
No entanto, Lula não revelou de onde tiraria o dinheiro para continuar a pagar os R$ 600 para cerca de 18 milhões de famílias de maneira continuada, frisando apenas que irá respeitar o teto de limite de gastos públicos.
“Eu governei 8 anos com responsabilidade fiscal, social, econômica, com todo tipo de responsabilidade possível, sem precisar de teto nenhum. Em nenhum país existe esse teto. Nem no Brasil, onde toda hora se cria uma exceção ao teto”, declarou.
Importante destacar que Jair Bolsonaro enviou ao Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis que prevê gastos de R$ 41,2 bilhões, constando entre eles a elevação do valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 – valor a ser pago somente até 31 de dezembro. A proposta já foi aprovada pelo Senado e atualmente segue em tramitação na Câmara dos Deputados.
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