O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou em entrevista à imprensa, na quarta-feira (06.01) que a discussão em torno da proibição do passaporte da vacina é desnecessária em Mato Grosso. Lúdio avalia que o governador Mauro Mendes (DEM) não adotará a medida. “Essa mobilização, esse movimento antivacina aqui (AL/MT) foi para proibir algo que não existe em Mato Grosso e que na minha opinião não existirá, porque o Governo do Estado sempre foi tímido na adoção de medidas sanitárias e não será diferente desta vez”, declarou o deputado.
Para o petista, o movimento antivacina não representa a maioria e acredita que a maioria não vê nenhum problema na exigência do comprovante: “Um movimento que representa uma parcela da população muito pequena do Estado, porque grande maioria da população quer vacinar, não vê nenhum problema em exigir comprovante de vacinação para ingresso em determinado estabelecimento, até porque a minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro.”
É um movimento antivacina no Brasil que precisa de pauta para mobilizar a sua base. Inventa e cria pautas que não existem, criam problemas que são falsos
Segundo o deputado, o movimento faz parte do negacionismo que contamina as instituições e uma parcela da população, somados à falta destas medidas mais rígidas tornou Mato Grosso, o Estado com a maior taxa de mortalidade por Covid-19.
Como em Mato Grosso não existe nenhuma medida que exija o passaporte da vacina, o deputado afirmou que os deputados bolsonaristas, Gilberto Cattani (PSL), Delegado Claudinei (PSL), Faissal (PV) e Ulysses Moraes (PSL), bem como, a deputada Janaina Riva (MDB) — que se intitula de centro — inventam pauta para mobilizar a base.
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“Agora essa medida não está colocada na Ordem do Dia, estão querendo proibir o que não existe. Então assim, completamente sem sentido, mas um episódio desse comportamento que é absolutamente ruim. É um movimento antivacina no Brasil que precisa de pauta para mobilizar a sua base e inventa pauta. Cria pautas que não existem, criam problemas que são falsos. Ninguém em Mato Grosso está exigindo passaporte de vacinação, o Governo não está fazendo essa exigência”, declarou.
Em sua análise, na prática, o projeto não terá validade em razão das legislações tanto estadual, como municipal, bem como, pelo Código de Saúde do Estado. “A lei aprovada pela Assembleia é uma lei inócua porque ela desrespeita o Código de Saúde do Estado — que deixa muito claro —, que em situações de epidemia, cabe a Secretaria de Estado de saúde e ao Poder Executivo, que exercem o papel de autoridade sanitária adotar esta ou aquela medida sanitária, dentre elas a adoção de exigência da comprovação de vacinação para acesso a estabelecimentos públicos ou privados, na dependência de três parâmetros: quem, quando e onde e na dependência da evolução da curva epidêmica.”
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