O deputado estadual, Lúdio Cabral (PT), em entrevista ao No Ar, com o jornalista Geraldo Araújo, na manhã desta sexta-feira (31.03), acusou o governador de Mauro Mendes (União) de construir uma política nociva à educação, destruindo os avanços que foram conquistados com muita luta dos trabalhadores ao longo de décadas – gestão democrática nas escolas.
O parlamentar disse que Mauro se vangloria com redução das escolas no Estado de Mato Grosso, e usou do grave momento da pandemia da Covid-19, para iniciar esse processo de desmonte, de fechamento das escolas, e destacou que de 2019 para cá já foram 90 escolas fechadas.
Para o petista, com o fechamento de escolas, o Governo transferiu a responsabilidade para os municípios às custas da população, pois crianças que estudavam perto de casas, agora precisam andar mais de 5 km para chegar à escola, além de causar uma superlotação, e tudo por conta de redução de custos e de racionalidade empresarial do governador Mendes.
Lúdio criticou também o fechamento dos Centros de Educação de jovens e adultos (CEJA), que, segundo ele, local, onde muitas pessoas que não conseguiram estudar no tempo certo, tinham ganhado uma segunda oportunidade, mas o governador com reordenamento das escolas, fez com que 21 destes centros fossem fechados.
O petista citou a Escola Estadual Licinio Monteiro, como exemplo de unidade escolar, que atendia trabalhadores de bares, restaurantes, do comércio de Várzea Grande, em dois períodos, além de crianças com deficiência, haitianos – “Licínio tinha ensino fundamental, médio, e de qualidade, que o Estado foi e fechou”.
Mauro deve acreditar que a Educação Estadual é uma fábrica de torres para eletricidade, mas, não é, diz Lúdio Cabral
O deputado lembrou, ainda, de uma visita que fez ao município de Tangará da Serra (a 252 km de Cuiabá), e viu a escola que funcionava como CEJA, abandonada. “Há um ano, a escola está abandonada, o prédio se deteriorando, livros amontoados naquela escola, por conta dessa que o atual Governo. Então, a nossa tarefa é fazer esse enfrentamento, e temos feito isso lá na Assembleia também”, frisou.
O parlamentar concluiu que Mauro deve acreditar que a Educação Estadual é uma fábrica de torres para eletricidade, mas, não é.
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