A atitude do deputado Federal, Fabio Garcia (PSB) em votar favorável a reforma trabalhista não agradou a cúpula do PSB nacional. Como punição a desobediência, o partido destituiu Garcia da liderança do partido no Estado. Contudo, a punição tem causado indignação aos integrantes da sigla.
Durante entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (28.04) para Radio Capital FM, a deputada Federal pelo Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Correia da Costa classificou como arbitrária a punição. “Eu acho que a posição foi um tanto quanto arbitrária, pouco democrática. Eu como líder do PSB, lidero uma bancada de 35 deputados e em nossas reuniões já havia um desentendimento quanto ao voto.”
Segundo a deputada, uma reunião marcada em cima da hora com a direção do partido definiu o posicionamento do PSB, como contrário a reforma, entretanto a bancada do PSB na Câmara estava dividida, pois muitos deputados já haviam divulgado seu posicionamento publicamente nos meios de comunicação.
Já o deputado mato-grossense Adilton Sachetti (PSB), que não votou, por se licenciar pelo falecimento da esposa, Rose Sachetti na última segunda-feira, acredita que houve censura por parte da direção nacional do partido.
“Isso é um grande erro do partido, fazer isso, isso seria uma censura ao deputado, o deputado tem liberdade de expressão garantido na constituição, de voto e de expressão, e me parece que não teve nenhuma determinação legal do partido, a tempo ábil, pra tomar essa decisão.”
Segundo ele, como havia uma divisão, a sigla teria que ter se posicionado antes. “Isso ai tem que ter prazo legal, tem que dar direito a recurso, não faz uma recomendação dessa no dia do voto, isso deve ser feito com antecedência para ter contraditório, para todo mundo se expressar para ocorrer um fechamento de questão .”
Para o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, o voto do deputado federal Fabio Garcia foi correto. "Eu acho que o Fábio votou certo, votou pelo Brasil, votou pela sua consciência. Eu entendo que cada parlamentar tem que ter seu entendimento, então se o partido quer decidir, não há necessidade de ter o parlamentar, é só mandar ele embora", criticou.
Também foram destituídos da direção do partido em seus Estados, o deputado federal, Danilo Forte, do Ceará e a deputada Maria Helena, de Roraima.
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