O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (5) que o pedido de licença do vice-presidente da República, Michel Temer, da presidência do PMDB permitirá que o partido reaja politicamente às críticas de que vem sendo alvo depois que deixou o governo, principalmente do PT.
“Ele está no exercício da Vice-Presidência da República, consequentemente, o debate político está sendo feito com agressões ao PMDB por parte do PT, e o PMDB tem que se representar nesse processo e ter sua voz política. Então, achei acertada a decisão dele de se afastar”, disse Cunha.
Depois de a saída do PMDB do governo, há uma semana, Temer tem sido alvo de críticas de petistas, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles acusam o vice-presidente de querer assumir o comando do país de forma indireta e não pelas urnas.
Com a licença de Temer, o comando do partido ficará a cargo do primeiro-vice presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR). Em discurso no plenário do Senado, Juca afirmou que a medida foi necessária para que Temer se preserve.
“O nosso presidente, o vice-presidente Michel Temer, nos últimos dias foi vítima de uma série de ataques, de uma série de manipulações, sofismas, armações e agressões, e ficava em uma situação difícil porque, ao mesmo tempo em que é vice-presidente da República, com todo o poder institucional que tem, é também presidente do PMDB, e, em tese, teria que descer ao debate, teria que expor posições, e, mais do que isso, teria que fazer enfrentamentos”, argumentou Jucá.
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