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Política Terça-feira, 24 de Julho de 2012, 11:48 - A | A

Terça-feira, 24 de Julho de 2012, 11h:48 - A | A

Justiça condena coronel Taborelli por ato de improbidade administrativa

De acordo com a ação civil, Taborelli criou a associação ‘Casa do Saber’ que, por meio de voluntariado social, tinha como objetivo fazer a sua promoção pessoal.

por Thaiza Assunção/VG Notícias

O juiz Ângelo Judai Junior, da Vara Única de Rosario Oeste, julgou procedente a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) e condenou o coronel da Polícia Militar, Pery Taborelli da Silva Filho e o empresário Gilson da Silva, por atos de improbidade administrativa. A ação é referente ao enriquecimento ilícito  e uso de veículo oficial em atividade privada, quando Taborelli comandava o 7º Batalhão de Polícia Militar do município de Rosário Oeste.

O coronel foi condenado nos artigos 9º e 10º da Lei 8.429/92, que prevê a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, correspondentes ao valor de nove salários mínimos vigentes à época dos fatos, pagamento de multa civil relativa ao dobro do acréscimo patrimonial, ressarcimento integral do dano correspondente à utilização de uma motocicleta da PM e multa civil de duas vezes o valor do dano causado ao erário.

Já o empresário, foi condenado ao ressarcimento integral do dano correspondente à utilização de uma viatura da Polícia Militar em proveito próprio, perda dos valores acrescidos ilicitamente e multa civil de duas vezes o valor do dano.

De acordo com a ação civil, Taborelli criou a associação ‘Casa do Saber’ que, por meio de voluntariado social, tinha como objetivo fazer a sua promoção pessoal. No entanto, o coronel obrigava vários soldados da Polícia Militar a prestar serviço na associação, pagando os mesmo com erário público.

Na ação, também está descrita que o coronel autorizou a utilização de uma motocicleta da Polícia Militar por soldados fardados, em horário de trabalho, para entrega de convites referentes a atividades da 'Casa do Saber'.  Taborelli foi acusado, ainda, de autorizar a utilização de uma viatura para transportar o empresário Gilson da Silva até Cuiabá para que o mesmo realizasse compras para o seu estabelecimento comercial, sendo inclusive, escoltado por um policial militar.

Vale destacar que a decisão cabe recurso.

Outro lado - A assessoria do coronel, informou ao VG Notícias nesta terça-feira (24.07) que Pery Taborelli ainda não foi notificado da decisão. Conforme a assessoria, o coronel irá solicitar sua assessoria jurídica a pronunciar sobre o caso.

O coronel Pery Taborelli comandou por quase dez meses o Comando Regional de Várzea Grande (CRII), deixando o posto no dia 30 de novembro de 2011. Atualmente ele é candidato a vereador em Várzea Grande pelo Partido Verde (PV).

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