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Política Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017, 14:19 - A | A

Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017, 14h:19 - A | A

DEFESA

“Júlio me disse que quer que a mão dele seque, se ele pegou um real” diz Jaime sobre delação de Silval

Izabella Araújo & Lucione Nazareth/VG Notícias

Reprodução

Jaime Campos

 

O ex-senador Jaime Campos (DEM) defendeu o irmão, Júlio Campos, nesta sexta-feira (15.09), acusado por Silval Barbosa de receber R$ 4 milhões para ceder o apoio dos prefeitos do DEM na campanha ao Palácio Paiaguás, em 2010.

Segundo Jaime, o irmão não tem nenhum processo, e Silval terá que provar as declarações. “Júlio Campos não tem nenhum processo. Pode procurar, não tem nenhum. Nem eu e nem Júlio Campos. Não tem nenhuma compra, ele vai ter que provar”, contou.

Conforme ele, Júlio confidenciou que quer que sua mão caia se ele pegou um real de Barbosa. “Tem que provar se tem na conta dinheiro, cheque pré-datado, promissória. Ele (Júlio) me disse e eu acredito nas palavras dele. Não tem porque mentir pra mim”, defendeu.

Mas Jaime considerou “pode ser que alguma pessoa do DEM possa tenha recebido uma contribuição. Agora falam que o deputado Dilceu Dal Bosco diz que recebeu, mas é muito fácil falar”.

E complementou: “Jaime Campos você pode esquecer, fora 100% de envolvimento, nada, graças a Deus”.

Questionado sobre as eleições do ano que vem, Jaime voltou a dizer que aguardará o cenário para tomar uma decisão. “Vamos aguardar ano que vem, na medida, para sabermos de fato o quadro, o cenário. A partir de março do ano que vem, que é o prazo de desincompatibilização daqueles que estejam ocupando cargo. Aí vamos saber a regra do jogo, na medida que as convenções são de 17 de julho a 5 de agosto”. 

Mas ressaltou: “O velhão está com sapato novo, chuteira nova, pronto para trabalhar”.

Delações: O ex-deputado Júlio Campos também foi alvo das delações do ex-governador. Segundo o ex-gestor, o então presidente do DEM teria recebido R$ 4 milhões para ceder apoios.

“O declarante (Silval), então, solicitou a Júlio Campos que ele liberasse os prefeitos que possuíam simpatia com a candidatura do declarante para que o apoiassem ao passo que o declarante iria ajudá-lo em suas despesas de campanha", diz trecho da declaração de Barbosa.

 

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