Aos 66 anos de idade, o deputado federal Júlio Campos (DEM) pretende abandonar de vez a carreira política. O principal motivo da decisão, segundo o democrata, é a falta de democracia existente hoje no país e principalmente do governo Dilma Rousseff (PT).
De acordo com o deputado, o Congresso Nacional, se tornou a casa de escravos do Executivo. Conforme Júlio, apenas os deputados da base aliada são beneficiados com emendas para seus respectivos Estados, a oposição sofre para ter recursos liberados.
“No governo Dilma, a petralha tomou conta, tanto é que de R$ 12,5 milhões orçados para ser liberados na minha emenda parlamentar, conseguimos empenhar somente R$ 5 milhões. Realmente é uma tristeza, e por isso, não tenho mais intenção de disputar novas eleições, pois não estarei ajudando Mato Grosso” afirmou Júlio Campos em entrevista a Rádio Folha Mix (93.3) na última segunda-feira (28.01).
Exercendo o segundo mandato de deputado federal, o primeiro em 1979 e o segundo em 2010, Júlio argumenta que já cumpriu a sua "missão". O democrata, já foi também prefeito de Várzea Grande, governador do Estado de Mato Grosso e senador. Ele pretende se dedicar à campanha do filho, Júlio Neto para deputado estadual.
"Sou deputado até 2014 e pretendo exercer o meu mandato. Mas acredito, que está na hora de incentivar os jovens para vida pública. Sairei de cabeça erguida e com consciência limpa", afirmou.
Júlio defende que o Democratas tenha candidato próprio ao Palácio Paiaguás. Até o momento, os nomes cotados para encarar a disputa é o senador Jaime Campos e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
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