A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, determinou a quebra sigilo bancário de Shirlei Aparecida Matsuoka Arrabal, acusada de aplicar golpes milionários em Mato Grosso, para rastrear supostos depósitos bancários realizados na conta do ex-vereador cassado da Capital, João Emanuel. A decisão está relacionada a ação penal originaria da Operação Castelo de Areira.
De acordo com o despacho da magistrada, a defesa de João Emanuel, do seu irmão Lázaro Roberto Moreira Lima, e do pai deles, juiz aposentado Irênio Lima Fernandes (também réus no processo), solicitou a juíza que fosse requerido extratos das contas bancárias existentes em nome de Shirlei Aparecida (réu no processo), para “comprovar, com tal providência, que eventuais depósitos de valores realizados pelas vítimas nas contas bancárias da referida corré não foram posteriormente transferidos para suas contas bancárias”.
Selma acatou o pedido e determinou que as instituições financeiras, via BACENJUD, encaminhe no prazo de 30 dias, extratos das movimentações feitas nas contas bancárias no período de 01/01/2012 a 12/09/2016.
Na decisão ainda, a juíza determinou que o pedido de revogação de prisão preventiva de João Emanuel seja enviado para o Ministério Público Estadual (MPE) para manifestação.
Vale lembrar que João Emanuel está preso desde o dia 26 de agosto de 2016, acusado de participar de uma suposta organização criminosa que teria lucrado mais de R$ 50 milhões por meio de crimes de estelionato.
Operação Castelo de Areia - A operação foi deflagrada no ano passado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pelo Grupo Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investigam fraudes milionárias aplicadas em empresários que buscavam por meio do Grupo Soy, empréstimos internacionais para investir nos mais diversos segmentos do mercado.
Conforme a Polícia Civil, um dos golpes aplicados envolve a quantia de R$ 50 milhões.
A ação teve como alvo ainda Marcelo de Melo Costa (esposo de Shirlei Aparecida), Evandro Goulart e Mauro Chen, que respondem em processo apartado. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), todos eles fariam parte da empresa de fachada usada para ludibriar as vítimas.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).