O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, João Emanuel (PSD) disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (28.11), que está tranquilo e com a cabeça erguida referente às investigações do Gaeco por fraude em licitações e desvio de dinheiro do Legislativo cuiabano.
O parlamentar declarou que já havia enviado cópias de todos os documentos que estão sendo apreendidos pelo Gaeco e que há mais de um mês já vinha prestando esclarecimentos ao Ministério Público Estadual (MPE) sobre procedimentos licitatórios do Legislativo que evolviam serviços gráficos.
O social-democrata disse que está surpreso referente à “Operação Aprendiz” que visa investigá-lo e não entende o porquê dela está sendo realizada. “Envie todos as cópias dos matérias gráficos ao Ministério Público Estadual, não entendo o porque desta operação”, declarou o presidente do Legislativo.
Segundo ele, estão em poder do Ministério Público cópias de notas fiscais, comprovantes de entrega, de recebimento, bem como de todo o processo licitatório para escolha da gráfica responsável para executar serviço para a Casa de Leis. A vencedora foi à gráfica Propel. O valor do contrato é de R$ 1 milhão, pelo período de 12 meses.
João Emanuel disse ainda, que o valor pago à gráfica Propel é totalmente justificável e que provará isso no decorrer do processo. “Vou provar a minha inocência e mostrar que não cometi nenhum crime”, destacou o social-democrata.
Referente à grilagem, no qual o MPE acusa o social-democrata de participar de um esquema de falsificação de documentos de terreno, o presidente disse que em nenhum momento foi questionado pelo Ministério Público a respeito do assunto e garantiu também ser inocente sobre essa acusação.
O advogado do presidente da Câmara, Eduardo Mahon, disse que não entendeu a decisão judicial que afastou João Emanuel da Presidência da Casa de Leis e garantiu que ainda hoje vai recorrer da decisão.
Segundo informações, foi preso ainda, o advogado e contador Marcos David Andrade, que já teve problemas na época do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Cuiabá, Lutero Ponce de Arruda. Na época, foi prisão preventiva contra Andrade.
Operação Gaeco - O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) realizou buscas no almoxarifado, setor de licitação, presidência, e secretaria geral da Câmara de Vereadores da Cuiabá. Eles ainda impediram que João Emanuel saísse da Casa de Leis enquanto não terminasse as buscas no local.
Intimação dos Vereadores – O Gaeco notificou na manhã de hoje, todos os vereadores presentes na sessão plenária da Câmara Municipal de Cuiabá, o qual foi realizado no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa.
Os parlamentares foram intimados para comparecerem amanhã (29.11) ao grupo de investigação para explicar gravação feita pelo Gaeco em que o presidente da Câmara, João Emanuel, teria dito que ""na Câmara Municipal todos os vereadores recebem propina".
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