O senador da República Jayme Campos (DEM), em entrevista ao nessa sexta-feira (05.11) afirmou que não se sentiu constrangido por elogiar a gestão e demonstrar solidariedade ao prefeito de Cuiabá afastado pela Justiça, Emanuel Pinheiro (MDB).
Jayme, um dia antes da decisão que afastou o prefeito do cargo, classificou a gestão Pinheiro como “competente! Séria, responsável e preocupada com a sociedade cuiabana”. A declaração foi durante a inauguração da pavimentação completa do bairro Jardim Florianópolis, na Capital
“Na minha visão, se a matéria – ou seja, o afastamento do prefeito Emanuel -, a razão maior, foi porque ele contratou 259 pessoas, amigo seria muita injustiça que estariam cometendo contra ele”, declarou Jayme Campos.
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Jayme completou seu raciocínio dizendo que “se as razões” para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) afastar o prefeito foram somente pelas contratações dos 259 servidores, o mesmo deveria acontecer com os prefeitos de todo país.
“Se for usar essa prática para demais prefeitos do Brasil, não sobra ninguém no Brasil. Então, não é razoável. Agora se tem algo mais, aí eu não falo nada. Na minha visão particular, mesmo não sendo um operador do direito, eu não concordo, acho que foi até certo ponto violenta o afastamento dele. Agora, se tem mais alguma coisa, aí cabe a Justiça, TCE, MPE apurar e todo cidadão não pode ser condenado por antecipação. Temos que respeitar o rito, temos que abrir o direito de ampla defesa”, declarou Jayme.
Sobre os elogios a gestão Emanuel Pinheiro, um dia antes do afastamento, Jayme reiterou: “Eu não tive nenhum constrangimento com ele naquela inauguração, até porque aquele bairro foi eu quem fundei. Ele me convidou gentilmente e eu compareci e graças a Deus fui recebido de forma calorosa, ovacionado por moradores, que lá na década de 90 tiveram a oportunidade de receber sua moradia para morar”, declarou democrata.
Jayme ressaltou ser solidário ao emedebista, porém, ressaltou “se tiver alguma prática não republicana, não tenho obrigação de ser solidário”
“O político tem que ter um mínimo de altivez, um mínimo de respeito, caso contrário você é meu amigo só na hora da boa. Política também é coisa séria, para gente séria. Agora, se tiver alguma prática não republicana aí não tenho obrigação de ser solidário. Fui solidário porque eu acho que o motivo e a razão do seu afastamento para mim particularmente não são razoável”, argumentou.
Ao finalizar, Jayme ainda "alfinetou" o presidente estadual do MDB, Carlos Bezerra, que teria obrigação de demonstrar solidariedade. Contudo, publicamente, Emanuel recebeu apoio somente do Diretório Municipal do MDB. José Lacerda.
“Quem tem que manifestar solidariamente é o partido. Eu acho que o partido teria que fazer uma manifestação. Uai se eu sou do seu partido e não tenho sua solidariedade neste momento de dificuldade só me resta uma coisa é afastar do partido”, declarou Jayme.
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