O Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, celebrado nesta sexta-feira (07.06), foi destacado pelo senador Jayme Campos, em discurso na tribuna. “Uma data dedicada, sobretudo, à reflexão quanto aos mecanismos que garantem o livre pensamento em nossa comunidade. Na verdade, tal prerrogativa estabelece as bases para a reafirmação democrática de uma nação”, destacou.
Jayme Campos aproveitou o pronunciamento para homenagear os jornalistas Roberto Civita e Ruy Mesquita, falecidos recentemente. O senador disse que encaminhou à Mesa Diretora projeto de resolução interna para a criação do Prêmio de Jornalismo Roberto Civita. “Um prêmio dedicado a laurear os profissionais da imprensa que com suas reportagens contam histórias relevantes sobre o caráter solidário e democrático da gente brasileira”, afirmou.
O parlamentar propôs ainda a criação do Prêmio Personalidade Jornalística do Ano Ruy Mesquita, para reconhecer o valor e o empenho de dirigentes e profissionais dos meios de comunicação, na busca permanente do aprimoramento e consolidação dos institutos democráticos nacionais.
Para Jayme Campos, quanto mais liberdade de expressão houver, mais seguro estará o pleno estado de direito da sociedade nacional. “Felizmente, as instituições democráticas brasileiras têm resistido heroicamente contra todo e qualquer movimento para cercear a liberdade de imprensa, seja por meio do controle ou da censura dos meios de comunicação”, afirmou.
Apesar disso, o democrata lamentou o fato de o Brasil ocupar lugar de destaque entrepaíses que praticaram crimes contra jornalistas. “Se por um lado, nossa legislação protege tal comportamento da mídia; por outro, vergonhosamente, nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil registrou o assassinato de quatro jornalistas, colocando-o na lamentável posição de 3º lugar entre os países onde mais crimes de morte foram cometidos contra repórteres, ficando atrás apenas do Paquistão e da Somália, e empatando com a Síria”, enfatizou.
Segundo Jayme, muitas coberturas jornalísticas contrariam interesses de poderosos ou desvendam falcatruas e casos de corrupção. “Por isso, os agentes da verdade sempre correm alguns riscos. Muitos repórteres desafiam a morte no seu cotidiano, embrenhando-se em morros e favelas dominados pelo tráfico ou, simplesmente, revelando assustadores fatos envolvendo autoridades que deveriam zelar pelas liberdades democráticas”, destacou.
Ainda sobre os jornalistas Civita e Mesquita, Jayme Campos relembrou a trajetória de ambos. “Dispensável seria falar de Ruy Mesquita e Roberto Civita. Mas, é sempre bom lembrar a contribuição que estes dois homens deram ao país, principalmente, na estruturação do pensamento nacional, embasados nos mais sagrados preceitos democráticos. Roberto Civita dirigiu o Grupo Abril e fundou a Revista Veja, uma publicação corajosa e imprescindível na luta pela redemocratização do país. Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de São Paulo, com seus editoriais trouxe luz e sensatez aos mais difíceis dilemas da nação”.
Ao final do pronunciamento, o mato-grossense disse que comemorar a liberdade de imprensa significa proteger e incentivar a produção intelectual dos jornalistas brasileiros. “Ou, como disse com sabedoria, o brigadeiro Eduardo Gomes: ‘O preço da liberdade é a eterna vigilância!”, finalizou. (Assessoria).
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