Uma fala “inócua e inoportuna” e que não representa, de forma alguma, o pensamento da população do Rio Grande do Sul. Assim reagiu o senador Jayme Campos (União-MT) ao repudiar os ataques contra trabalhadores nordestinos encontrados há cinco dias em condição análoga à escravidão na vizinha Bento Gonçalves manifestado pelo vereador Sandro Fantinel (Patriota), de Caxias do Sul.
“Lamentavelmente acontecem fatos esses que ferem, ou seja, muita das vezes, dá a interpretação e o entendimento que é o Estado do Rio Grande do Sul. É pontualmente um cidadão que foi lá e fez uma fala, talvez, inócua e inoportuna” – frisou Campos, ao se associar as manifestações dos senadores Otto Alencar (PSD-BA), Magno Malta (PL-ES) e Omar Aziz (PSD-AM), avalizadas pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.
Em pronunciamento na Câmara Municipal, Fantinel deu a entender que os homens, na sua maioria baianos, são preguiçosos e sujos. O vereador também minimiza a exploração dos trabalhadores por parte dos empresários e pergunta se as empresas terão que colocá-los em "hotel cinco estrelas”.
Segundo denúncias, os homens eram mantidos nas empresas contra a vontade, viviam submetidos a jornadas exaustivas, recebiam comida imprópria para consumo, só podiam comprar produtos em um mesmo estabelecimento, com desconto salarial e preços elevados.
Em seu desagravo, Jayme Campos fez questão de lembrar que Mato Grosso é um Estado privilegiado por ter uma população heterogênea, formada por migrantes de vários estados brasileiros, principalmente de nordestinos, gaúchos, paranaenses, paulistas, mineiros, entre outros. “Por isso – ele frisou – Mato Grosso se transformou nesse grande Estado, de progresso, desenvolvimento e, acima de tudo, justiça social e harmonia”.
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