O senador da República, Jayme Campos (UB) em entrevista na noite dessa segunda-feira (15.02) negou que esteja articulando nova candidatura, ou um plano B caso o governador Mauro Mendes (UB), possível candidato à reeleição nas eleições deste ano, desista do pleito.
Há conversas ainda sobre uma possível “traição” após Jayme “jantar” em sua residência com prováveis candidatos ao Governo: o senador Wellington Fagundes (PL), até o momento pré-candidato à reeleição e o atual presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
“Não tem nova via coisa nenhuma, eu não tenho rancor, não faço política com ódio, não ando com vidrinho de ódio não, faço conversas com todo mundo, essa é vantagem de Jayme Campos, converso com o PT de Rosa Neide, Barranco, Lúdio, converso com Bezerra do MDB — Janaina etc, etc. com Wellington que é do PL, qual a dificuldade que tem? Homem público que faz política com ódio não chega a lugar nenhum”, argumentou o senador.
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Jayme também destacou que tem se reunido com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e com o filho, deputado Emanuelzinho (PTB). Entre os encontros citou a reunião com Emanuelzinho e Wellington na última sexta-feira (11) onde destinaram R$ 18 milhões para Várzea Grande.
Não estou preocupado com Política, estou preocupado em levar recursos. Aqui em Cuiabá vou empenhar R$ 10 milhões
“Sexta-feira mesmo tivemos reunidos na Prefeitura de Várzea Grande levando recursos na ordem de R$ 18 milhões para Saúde, R$1,5 milhão para Emanuelzinho colocar asfalto, Wellington colocando mais recursos. Me reuni com 10 prefeitos, acertei para Barra do Garças a reforma do Estádio Zeca Costa, dinheiro para reformar o Sesi Senai, dinheiro para Tangará para recuperar ruas, recursos para recuperar o Centro Histórico de Poxoréu, faço política com altivez, com grandeza”, destacou.
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Sobre os constantes encontros Emanuel Pinheiro — desafeto do governador Mauro Mendes, Jayme destacou que sua amizade com o emedebista não significa uma aproximação recente: “Não tem o aproximar, sou amigo de Emanuel Pinheiro há 200 anos. Conheci Emanuel de calças curtas, fui eleitor do pai dele, eu votei no finado Emanuel Pinheiro da Silva Primo, meu primeiro voto foi para ele a deputado federal”
Questionado se esses encontros com Emanuel Pinheiro, filiado ao mesmo partido do governador não “pegou mal com Mauro”, Jayme foi direto: “Isso eu não sei, essa pergunta você pode indagar a ele”, declarou Jayme demonstrando despreocupação. Já em relação a Nilson Leitão, Jayme brincou: "Converso com todos, Leitão, leitoa (risos).”
Ele destacou que a princípio segue no União Brasil, motivo que deixa claro seu apoio a uma candidatura à reeleição do governador Mauro Mendes. Contudo, pediu respeito seja na sigla, seja no Governo, caso contrário “tchau tchau bye bye”.
“Não é que não tenha respeito, o Mauro me trata muito bem. Agora tem que ter um tratamento, eu falo politicamente, eu não dependo de Governo, sou independente, não sou empreiteiro, não sou fornecedor, não tenho filho para empregar, não tenho nada. Eu quero que o Governo veja a gente como aliado. Agora eleger o cidadão e depois ser tratado como adversário, bye bye”.
Jayme afirmou que tem sido tratado como adversário pelos secretários estaduais: “Eu tenho constrangimento muitas vezes de ir ao Palácio ou numa Secretaria de Estado. Não vou em Secretaria, tem Secretaria que não botei meu pé que dá a entender que sou um adversário. Eu ajudei o Mauro para caramba, 11 candidatos, eu fiz 500 mil votos para senador”, encerrou.
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