A vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputada Janaína Riva (MDB) afirmou nesta segunda-feira (1º.02) que neste momento nenhum parlamentar está pensando na possibilidade de nova eleição para Presidência do Legislativo, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida derrubar a composição da nova Mesa Diretora que tomou posse na manhã de hoje.
Na última sexta-feira (29.01), a Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas do Estado (Conacate) protocolou no Supremo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) questionando a recondução do deputado estadual, Eduardo Botelho (DEM) ao terceiro mandato como presidente da Mesa Diretora da AL/MT. O pedido foi baseado na decisão liminar do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a reeleição do presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, citando ainda que o STF foi contrário as reeleições do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara dos Deputados, e do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) na Presidência do Senado.
Segundo ela, é necessário aguardar a decisão do Supremo para saber se o pedido será acolhido ou não, e que no momento é difícil pensar em uma outra alternativa para composição da nova Mesa Diretora – em caso do STF acolher o pedido.
“É muito difícil pensar em uma alternativa depois de tudo que a gente construiu para fazer consenso com relação a esta Mesa Diretora. Pensar em um novo formato só uma reunião ampla com todos os deputados para pensarmos em o que fazermos. Até porque, são muitas dúvidas. Nós não sabemos se os deputados que estão na Mesa podem compor novamente. Quer dizer, não sabemos ao certo como ficaria essa decisão para cumprimento. Nós analisamos algumas situações, mas nada de concreto ainda de quem poderia fazer parte da Mesa”, enfatizou.
Sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da Casa de Leis, no caso de impedimento de Botelho, Riva garantiu que ainda não pensou na possibilidade. “Eu ainda não cogitei isso, claro depende muito do colegiado. Acabei de assumir a vice-presidência. Não existe isso, estou preparada para ser vice. O futuro depende muito de quem poderá fazer parte da Mesa Diretora e será uma nova construção, não adianta a gente pensar que só mudar os nomes ali, é completamente diferente e outro momento também”.
Apesar de tudo, Janaína foi enfática afirmando que pensar em nova eleição para presidir a Mesa Diretora é uma “covardia” com Eduardo Botelho, que foi eleito para presidir o Legislativo (biênio de 2021/2022) com 22 votos, e que caso isso ocorra o democrata terá o poder de negociar os nomes por ter a confiança do governador Mauro Mendes (DEM).
“O Botelho acabou de ser eleito com 22 votos que ele teve. Acho que é até uma covardia neste momento pensar em uma nova eleição. Isso passa muito por ele. Quem ainda tem a confiança do governador é o Botelho. A gente sabe disso aqui que ele (Botelho) é a referência do governador. Acho que vai depender até mais do Botelho disso acontecer de qualquer outro parlamentar ou liderança”, finalizou.
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