O processo eleitoral de 2016 para a família Campos que retornou ao Poder em Várzea Grande, com a cassação de mandato do ex-prefeito Walace Guimarães, é uma incógnita e vai depender de uma complicada reengenharia política para definição de candidatura do grupo. Atualmente, a única detentora de cargo é Lucimar Campos, prefeita.
Nos bastidores da política as especulações já começaram. Alguns apostam que a dobradinha Lucimar Campos (DEM) e Arilson Arruda (PSD) irá se repetir. Afirmam que Lucimar é naturalmente candidata à reeleição. Mas há quem aposte que o ex-senador Jaime Campos (DEM) é que vai disputar o pleito.
No entanto, para que Jaime Campos seja o candidato terá que fazer um “malabarismo” político. A prefeita Lucimar terá que renunciar o cargo em 2 de abril, ou seja, seis meses antes das eleições, que ocorrem em 02 de outubro, conforme determina a Legislação Eleitoral. E neste caso, teria que ter um acordo com o vice-prefeito Arilson Arruda, para que ele assuma o comando do município e não dispute as eleições.
Em outra possibilidade, caso Arilson não concorde em ficar fora do pleito, o vice-prefeito também teria que renunciar o cargo, e quem assumira neste contexto, seria o presidente da Câmara, vereador Jânio Calistro (PMDB). O peemedebista, com a abertura da janela partidária já está com um “pé” no DEM a convite do ex-senador Jaime Campos, mesmo contra a vontade do presidente da sigla em Várzea Grande, ex-vereador Gonçalo Almeida – Pente Fino.
O ex-senador só teria segurança de que o presidente da Câmara não disputaria eleição para prefeito, se estiver filiado ao DEM, pois os Campos tem controle absoluto da legenda em Mato Grosso e Jânio ficaria de “mãos atadas” ao democratas. Por outro lado, se Jânio Calistro tomar posse como prefeito, filiado ao PMDB, os Campos correriam risco de traição. Calistro poderia ser convencido pelos desafetos dos Campos (grupo de Walace) a concorrer às eleições em 2016.
As possibilidades elencadas seriam apenas no caso dos Campos decidirem que a prefeita Lucimar não irá à reeleição. A opção pela reedição da dobradinha Lucimar Campos e Arilson Arruda, a quem diga que seria interessante para todos. Os Campos não correriam risco de perder as eleições e o custo da campanha seria menor.
Outro membro da família, embora se “diz aposentado politicamente” é o ex-deputado federal Júlio Campos, que, recentemente conseguiu restabelecer seus direitos políticos na Justiça Eleitoral e fez questão de divulgar na imprensa o fato. Se tivesse aposentado como propaga não teria motivos para divulgar.
No contexto acima, a definição da candidatura a prefeito de Várzea Grande pela família Campos, necessariamente, dependerá de um amplo acordo para futuras candidaturas em próximas eleições de Governo, Senado e Deputados. Enquanto isso, quem será candidato a prefeito pela família Campos é uma incógnita e as apostas continuam.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).