O impasse criado pela forma de abrigar o PR no governo arrasta-se há 15 dias. O ponto alto foi uma conversa travada em São Paulo entre o senador Blairo Maggi (PR-MT) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. No encontro, Lula tentou convencer Blairo a aceitar um ministério.
O senador mostra-se reticente porque seu nome não foi aprovado pelo partido. A legenda ainda é dominada pelo deputado Valdemar Costa Neto (SP), para quem Blairo é personalista e não representaria os interesses de deputados e senadores do PR.
Com Blairo fora do baralho, a legenda passou a cotejar três alternativas. Uma delas seria tentar devolver o presidente da sigla, Alfredo Nascimento (AM), de volta à Esplanada. Ele deixou o Ministério dos Transportes em 2010.
Outra alternativa seria cacifar os nomes dos deputados mineiros Lincoln Portela ou Jayme Martins. O último tem a simpatia do Planalto, mas também esbarra em Costa Neto.
O manda-chuva do PR força para dar lugar ao senador Antonio Rodrigues (SP). O palácio resiste. Armada a confusão, até PMDB endossou um candidato. A agremiação gostaria de ver nna Esplanada ex-líder do PR na Câmara Luciano Castro (RR).
Governo analisa se segundo escalão satisfaz PR - Ainda não está claro se o PR será contemplado na reforma ministerial. Na tarde de ontem (18.03), cogitava-se em Brasília se era necessário mesmo ceder um ministério ao PR ou se a legenda poderia ser contemplada apenas com cargos de segundo escalão, como diretorias e superintendências estaduais do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) e da Valec, estatal de construção de ferrovias.
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