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Política Sábado, 26 de Agosto de 2017, 08:00 - A | A

Sábado, 26 de Agosto de 2017, 08h:00 - A | A

Entrevista

"Graças à Deus a gente está fora de tudo isso" diz Júlio Campos sobre delações

Adriana Assunção/VG Notícias

VG Noticias

Júlio Campos

 

Com curriculum invejável, de quem já exerceu o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, senador, deputado federal e prefeito de Várzea Grande, o ex-governador do Estado, Júlio Campos (DEM), em entrevista ao "VG Notícias No Ar", revelou seu desejo de disputar o cargo de deputado estadual nas eleições 2018.

“Há um grupo de políticos, da baixada Cuiabana, interior do Estado, onde eu sempre fiz política com lealdade, o desejo de ver eu novamente na vida pública, o único cargo que não exerci ainda, aliás são dois cargos, o de deputado Estadual e de vereador, então, se eu tivesse que voltar, eu gostaria de ser deputado Estadual, até para levar uma experiência minha diferente, para a Assembleia que tem uma série de desgaste, sempre está na mídia com más notícias, eu poderia colaborar, no sentido de reerguer essa imagem da Assembleia”, afirmou o democrata.

No entanto, segundo Júlio Campos, sua candidatura está comprometida porque o atual secretário de Assuntos Estratégicos, seu irmão Jaime Campos (DEM), e a prefeita Lucimar Campos (DEM) fizeram compromisso de reeleger o deputado Gilmar Fabris (PSD) e o deputado Eduardo Botelho (PSB) - este que já confirmou sua filiação para os democratas -, além de outros companheiros.

“Minha candidatura poderia causar alguns tremores, mas eu não vejo assim, porque Várzea Grande tem 180 mil eleitores, uma cidade com essa quantia pode ter no mínimo cinco a seis candidatos a deputado estadual, se lançássemos quatro candidatos, cada um poderia ter dez mil votos, 12 mil votos é o suficiente para complementar os outros municípios, então para se eleger precisaria de 30 mil votos aproximadamente, mas eu não quero criar problema, por que não é questão forçada”, pontuou o ex-governador.

Contudo, o democrata afirmou não estar preocupado. Segundo ele, é melhor esperar porque até 2018 muita coisa pode mudar.

Júlio Campos (DEM) chegou a brincar citando o novo apelido do irmão no meio político, que compara Jaime Campos, com Michel de Nostredame, que ficou famoso por sua suposta capacidade de vidência.

“Então vamos aguardar, 2018 é o ano da eleição, nós vamos ver o quadro político como vai estar, como diz Jaime Campos, que agora tem um apelido nos meios políticos, o ‘Nostradamus de Várzea Grande’, ele faz certas previsões, como ele disse, 2018 está muito longe ainda, até lá não sabemos quem vai estar vivo, quem vai estar com tornozeleira eletrônica, quem vai estar inelegível, quem vai estar na cadeia preso”, brincou o democrata.

Ainda com a dificuldade de convencer a sigla, Júlio Campos afirmou estar à disposição do partido e do grupo de amigos, para disputar uma eleição.

Sobre o momento político que envolve muitos casos de delações, denuncismo e falta de credibilidade na política, o democrata avaliou que o momento não é bom, tanto para os políticos que tem uma longa vida pública, como os mais antigos como ele, mas entende que o Brasil quer renovação.

“Mesmo os mais antigos como eu, que tem vida limpa, que nesses anos não se envolveu em nenhuma operação Lava Jato, operação Rêmora, tantos apelidos que dão para essas operações, de tantas delações. Graças à Deus a gente está fora de tudo isso, porque eu sempre fiz política com seriedade embora não deixo de ser partidário, prestigiar os companheiros, valorizar os companheiros, mas sem nenhum descredito de abuso do uso da máquina público, do dinheiro público”, ressaltou Júlio Campos.

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