A pouco tempo do início das chuvas fortes de janeiro, o governo federal utilizou menos da metade da verba destinada para a prevenção de desastres naturais. Dos R$ 4,4 bilhões reservados para a finalidade em 2012, cerca de R$ 2 bilhões foram comprometidos (45%) até 7 de novembro, mas somente R$ 1,3 bilhão (30%) foi gasto efetivamente.
Ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação por exemplo, foi reservado o montante de R$ 90,5 milhões para a ação de Implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, porém, deste valor, somente cerca de R$ 867 mil foram empenhados, 1% do total. Já no Ministério das Cidades, dos 404,7 milhões destinados, 20% foram utilizados.
Segundo o governo, 261 municípios já tem áreas de risco mapeadas, a maioria no Sudeste do país. Os dados mostram que pelo menos 1,2 milhão de pessoas moram em áreas consideradas de risco. Outros 820 municípios também são considerados críticos e ainda aguardam análise dos problemas.
De acordo com o Ministério das Cidades e da Integração Nacional, a análise das propostas dos municípios é criteriosa e por isso, torna-se demorada. “Enquanto esse conjunto de obras não for implantado efetivamente estaremos sujeitos a risco”, afirma o diretor de Prevenção de Riscos do Ministério das Cidades, Celso Santos Carvalho. Segundo ele, a perspectiva é que até o final de 2013 o primeiro conjunto de obras previstas esteja pronto.
O Tribunal de Contas da União em uma auditoria ainda incompleta aponta que gastou-se mais com reconstrução do que com prevenção na última década. De 2000 a 2011 enquanto foram gastos R$ 7, 3 bilhões com reconstruções, com ações preventivas custaram cerca de R$ 697 milhões.
O governo ainda explica que, como os projetos são plurianuais, não precisam ser executados em apenas um ano.
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