O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse na manhã desta sexta-feira (1º.03) que considera pagar R$ 600 milhões ao Governo de Mato Grosso pela aquisição dos 40 vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Porém, o Governo de Mauro Mendes (União) estaria pedindo em torno de R$ 1,3 bilhão. A declaração ocorreu durante assinatura da ordem de serviço da 3ª Etapa da reforma do Teatro Castro Alves (TCA) em Salvador.
O Governo de Mato Grosso, na gestão de Silval Barbosa, adquiriu os vagões em 2013 por R$ 500 milhões, e eles estão parados há 11 anos.
Na entrevista, Jerônimo disse que essa “perda da qualidade dos trens e da tecnologia”, está sendo levado em consideração, por parte do seu Governo, para definir o valor do negócio. “Eles não podem pedir o mesmo valor que foi comprado por causa da defasagem tecnológica”, destacou o governador.
Segundo ele, o prazo final definido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para fechar a venda dos trens está prestes a vencer, mas que tanto o Governo da Bahia quanto o de Mato Grosso cogitam pedir uma prorrogação de até 20 dias, em decorrência da divergência no valor do negócio.
“O prazo que o TCU concedeu para fechar as negociações está prestes a vencer, e os dois grupos querem pedir mais 15 ou 20 dias para pode chegar neste valor. Nós chegamos em R$ 600 milhões, e eles (Governo de Mato Grosso), R$ 1,2 bilhão, R$ 1,3 bilhão, estamos chegando na negociação. Para chegar no valor está sendo acompanhado todo o processo pelo TCU, e pelos dois TCEs. Então não tem nenhum risco de qualquer abuso de interesse de qualquer pessoa”, disse Jerônimo.
Ele ainda falou que os vagões encontram-se em “boas condições de funcionamento”, e que constantemente é efetuado a sua manutenção por parte do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, para estarem “aptos ao atendimento à população”.
“A informação que nós temos é técnica, tanto da Casa Civil quanto dos órgãos que estão envolvidos nisso, que os trens têm padrão de qualidade que ultrapassa mais 20 ou 30 anos, por conta da qualidade que estão os vagões”, finalizou.
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