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Política Terça-feira, 09 de Junho de 2020, 14:46 - A | A

Terça-feira, 09 de Junho de 2020, 14h:46 - A | A

Questões regionais

Gilberto crítica prefeitos de MT por não ampliarem leitos para Covid-19: “É preciso mais envolvimento”

Adriana Assunção/VG Notícias

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, demostrou na coletiva virtual desta terça-feira (09.06) certa irritação com a falta de envolvimento de alguns prefeitos, que não colaboram com a infraestrutura e aquisição de equipamentos para montar leitos de UTIs para Covid-19. Foram alvos de críticas o prefeito de Cáceres (a 220 km de Cuiabá), Francis Maris (PSDB); o prefeito de Sorriso (a 420 km de Cuiabá), Ari Lafin (PSDB), o prefeito de Rondonópolis (218 km de Cuiabá), Zé Carlos do Pátio (Solidariedade) e o prefeito de Tangará da Serra (a 242 km de Cuiabá), Fábio Junqueira (MDB).

Gilberto disse que com o colapso na saúde, os prefeitos começaram a demandar respiradores ao Estado. Ele apontou que se cada prefeito conseguisse um respirador, o Estado não teria que conseguir centenas num mercado altamente competitivo e sem o produto para a entrega: “Todos os prefeitos demandando se eu posso ou não mandar um respirador. Olha, mandaria centenas para o Estado inteiro se ele tivesse disponível, se tivesse condições até de adquiri-lo e de comprá-lo. Esses dias eu falei em uma reunião que tive com alguns empresários em Rondonópolis: Têm 19 municípios nessa região e bastaria que cada prefeito conseguisse um respirador para nós montarmos 20 leitos de UTI”, disse o secretário.

As críticas continuaram após ser questionado sobre descredenciamento de leitos de UTIs para Covid-19, por Prefeituras Municipais. Sobre o assunto, Gilberto disse que todos os gestores, assim como o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) habilitaram leitos junto ao Ministério da Saúde e depois descredenciaram levando a Central de Regulação encontrar dificuldades para encaminhar pacientes: “Não é só em Cuiabá que ocorreu descredenciamento de leitos, aconteceu em Rondonópolis, o município habilitou 10 leitos junto ao Ministério, depois desabilitou. Têm leitos habilitados em Tangara da Serra que até o prezado momento não foram habilitados”, disse o secretário.

Gilberto Figueiredo também não poupou críticas ao prefeito de Cáceres, Francis Maris, que relatou dificuldades com a Regulação do Estado. Sobre o município, Gilberto questionou o prefeito sobre a quantidade de leitos ampliados pelo gestor: “Quantos leitos o prefeito contratou junto ao Hospital São Luis? Nenhum! Nem para Covid, nem para outro. Então, também não adianta só fazer discurso dizendo que são habilitados se o gestor municipal também não faz a sua parte”, exaltou.

Figueiredo relatou que no município, o Hospital Regional é praticamente municipal, por atender toda a população de Cáceres. Segundo ele, para atender a demanda, o Estado deverá construir leitos no Hospital São Luís, mas ressaltou que isso irá levar um tempo: “Estamos dando a ordem inicial para começar a construção, porque tem que construir, o hospital não tem espaço físico e nem estrutura de engenharia pronta para instalar leitos de UTI, lá é um Hospital de Referência para Oncologia e precisa ter segurança aos pacientes e servidores, nós vamos edificar mais 10 leitos de UTI e 20 leitos de enfermaria, mas isso vai levar no mínimo 40 dias”.

Ao pedir mais envolvimento dos gestores municipais, Gilberto disse que os prefeitos de Sinop, Sorriso e Rondonópolis não criaram nenhum leito para Covid-19 deixando a responsabilidade somente para o Estado.

“Então é preciso mais envolvimento dos prefeitos nas questões regionais. Sinop não criou nenhum leito, Rondonópolis não criou nenhum leito, Sorriso não criou nenhum leito, ou seja, grandes municípios do Estado de Mato Grosso não criaram leitos de UTI, deixaram essa responsabilidade toda nas costas do Governo do Estado e de alguns poucos municípios e não tem solução mágica nesse campo é preciso que todos nesse campo façam um esforço”, disse o secretário.

Como uma saída para a crise dos leitos, Gilberto anunciou que o Governo do Estado irá contratar leitos em hospitais privados: “O Governo do Estado já publicou Portaria para contratar leitos de UTI em hospitais privados filantrópicos e auxiliar no pagamento das diárias de UTI em hospitais municipais, basta que os municípios também se movimentem no sentido de junto com o Governo do Estado criar as condições propícias para isso”, finalizou.

 

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