Absolvidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, os publicitários Duda Mendonça e Zilmar Fernandes irão comemorar a vitória com seus advogados no próximo domingo (21). Nesta segunda-feira (15), a maioria dos ministros inocentou a dupla das acusações de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
O convite foi feito ao criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defendeu os antigos marqueteiros do PT na Suprema Corte. O encontro organizado por Duda para celebrar a absolvição ocorrerá na Bahia, onde o publicitário baiano possui uma casa.
"Ele está feliz da vida e chamou a gente para conversar e trocar ideia. A comemoração deve ser a la baiana: desorganizada", brincou Kakay. O criminalista Luciano Feldens, que também esteve à frente da defesa de Duda e Zilmar no julgamento, confirmou presença no encontro.
Na segunda, logo após o encerramento da sessão que a absolveu, Zilmar ligou para os advogados para agradecer pelo resultado do julgamento. Chorando, a sócia de Duda Mendonça parabenizou os defensores pelo desempenho no caso.
"Foi Deus que colocou você e o Luciano na minha vida", desabafou a publicitária a Kakay, que conversava com jornalistas no momento da ligação.
Absolvição no STF
A maioria dos ministros do STF – sete votos a três – decidiu nesta segunda-feira (15), durante julgamento do processo do mensalão, absolver o publicitário Duda Mendonça e a sócia dele, Zilmar Fernandes, de todas as acusações atribuídas a eles pelo Ministério Público. Eles respondiam na ação penal pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
A primeira acusação de lavagem, pela qual Duda e Zilmar tiveram unanimidade pela absolvição (dez votos a zero), se refere a cinco retiradas de agência do Banco Rural que totalizaram R$ 1,4 milhão em espécie.
A segunda acusação de lavagem de dinheiro se refere a 53 operações de envio de recursos para o exterior por meio da offshore Dusseldorf, de propriedade de Duda Mendonça. Nesse crime, Duda e Zilmar tiveram sete votos pela absolvição (Ayres Britto, Celso de Mello, Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber) e três pela condenação (Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Gilmar Mendes).
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