O palanque do PMDB pode ficar pequeno para acomodar dois candidatos a deputado nas eleições deste ano, Francisco Faiad e Julier Sebastião. Em 2009, quando Francisco Faiad era presidente da Ordem dos Advogados de Mato Grosso (OAB/MT), foi afastado do cargo pelo juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal, por suposto tráfico de influência, concorrência desleal e possíveis atos de improbidade administrativa.
O afastamento foi por conta de uma ação de execução judicial de mais de R$ 9 milhões, proposta na Comarca de Cuiabá, com o objetivo de receber o crédito, firmado por escritura pública, tendo como devedores Silvino Alcides Bortolini e Arnaldo José Bortolini, entre outros. O credor na ação era o empresário Marco Antônio Maturana, defendido pelo advogado Fernando Henrique.
Segundo o juiz Julier, Faiad fez "indevida utilização das prerrogativas de Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, para beneficiar, favorecer e/ou impedir a satisfação do direito do cliente do impetrante, utilizando-se do protocolo de sucessivos pedidos de reconsideração, visando alterar provimentos já preclusos”.
Julier disse na época, que Faiad utilizava diretamente do órgão de classe, como meio de punir seu adversário pela constante batalha travada nos tribunais.
Por sua vez, Faiad, em entrevista coletiva, chamou o juiz Julier Sebastião da Silva, de “irresponsável” e afirmou que a decisão estava coberta de erros e ilegalidade. Disse, ainda, que o juiz federal era o magistrado que mais sofria representações por parte da OAB-MT por causa de seus atos discricionários e afronta às prerrogativas dos advogados.
Resta saber se as rusgas do passado - e as opiniões recíprocas mudaram, ou se haverá um “teatrinho” entre os dois para conquistarem votos. Ou, se por conta de estarem na mesma sigla partidária, Julier deixou de ser “irresponsável”, na opinião de Faiad.
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