O deputado Emanuel Pinheiro Neto – Emanuelzinho (PTB) em entrevista ao "VGN no Ar" nesta quinta-feira (19.08) diz não haver dúvidas que a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), está sendo usada politicamente para atingir a gestão do pai, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
Emanuelzinho espera que o depoimento dos delegados da Deccor, Flávio Stringueta, Anderson Veiga e Lindomar Tofoli a Comissão de Segurança Pública e Comunitária da AL/MT comprove a participação do Delegado-Geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Dermeval como “advogado” do governador Mauro Mendes.
“Isso está evidente, se os delegados forem depor, não tem como isso não ficar evidente. Um exemplo nós temos aqui, o secretário Luis Possas foi afastado da Secretaria de Saúde em uma investigação da Deccor comandada por um funcionário subserviente do governador Mauro Mendes que é o delegado da Polícia Civil, Mário Demerval – não estou criticando a instituição Polícia Civil, pelo contrário até porque estou presidente da Comissão de Segurança e defendo a Polícia Civil – então nós temos um cidadão que não está para defender a Polícia, ele está ali como advogado do governador Mauro Mendes”, declarou o deputado.
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Emanuelzinho comparou a ação da Deccor em relação a denúncia contra o ex-secretário Municipal de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, com “inoperância” diante da suposta compra de ivermectina feita pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) com preço sete vezes maior que o preço pago por alguns municípios de Mato Grosso.
“O secretário Possas de Carvalho foi afastado com suspeita de superfaturamento de 400% na compra de Ivermectina, algo que somou a R$ 700 mil na compra na época, minha visão, pandemia no alto – demanda lá em cima, oferta de venda o preço explode -, mas ok, 400% de aumento. O secretário de saúde e o governador Mauro Mendes fizeram a compra também com aumento de 700% no valor de preço comparado com o município de Cáceres, numa compra que foi muito mais que o R$ 700 mil de Cuiabá, somou quase R$ 3 milhões – o secretário afastado, faz maior estardalhaço - e o secretário do governador não acontece nada”, apontou.
Para Emanuelzinho faltou ação do delegado denúncia da compra feita pelo Governo do Estado de R$ 77 milhões em livros educacionais, plagiados dos livros do Ministério da Educação, livros doados pelo Ministério aos Estados.
Não houve uma investigação
Ele apontou ainda que faltou investigação na compra do jatinho para o governador no valor de R$ 8 milhões, com dispensa de licitação, de uma empresa com sede nos Estados Unidos, num condomínio residencial de luxo: “Não teve manifestação do delegado geral e da Deccor. Só em Mato Grosso não acontece nada”, reclamou.
Segundo o deputado ficou ainda mais evidente o uso da instituição quando a primeira-dama, Virgínia Mendes, fez uma denúncia contra o jornalista Alexandre Aprá, o acusando de promover fake news: “Quem estava atrás dela? Não era o advogado dela, era o advogado da Polícia Civil, Mário Dermeval”
“O que virou isso aqui! A Polícia Civil do Estado de Mato Grosso e a Deccor é funcionária do governador Mauro Mendes, porque é isso que o Mário Dermeval está fazendo. A Deccor e a Polícia Fazendária nas mãos de Mário Dermeval viraram brinquedo do governador Mauro Mendes”, criticou.
Ainda reclamando da falta de ação da Polícia Civil em relação ao Estado e a perseguição a gestão do prefeito de Cuiabá, Emanuelzinho revelou que o delegado – principal alvo – das denúncias tenta usar a força política do governador para cancelar a oitiva na Assembleia Legislativa marcada para dia 14 de setembro.
“Eu tenho certeza que se os delegados toparem falar já que foram convidados pela Comissão de Segurança, eu acredito que isso vai ficar evidente, porque os fatos não batem, não casam e nós temos as informações, e eu sei inclusive e falo sem medo, o Mario Demerval está procurando os deputados para tentar evitar e cancelar a reunião. Ele sabe que está fazendo isso, porque está usando como um brinquedo, um fetiche seu, para bancar de todo poderoso juntamente com o governador Mauro Mendes e usando a Polícia Civil que é uma instituição respeitadíssima e a qual o delegado Mário Demerval está apequenando”, encerrou.
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