O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) durante a transmissão virtual desta quinta-feira (25.06), para informar sobre o decreto nº 7.970, de 25 de junho de 2.020, elencou os 15 municípios que constam na classificação de alto risco do Estado, com base em estudo do início de abril.
Foram considerados de alto risco pelo Estado, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sorriso, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tangara da Serra, Campo Verde, Cáceres, Querência, Pedra Preta, Nossa Senhora do Livramento, Porto Esperidião e Matupá.
“Esses são os 15 munícipios que relacionados ontem à noite na classificação do risco do Estado, classificação do risco feita em parâmetros já superados, porque ela é da 1ª quinzena de abril, portando do início da pandemia, mas é o que entendem, é o que está valendo. E esses 15 municípios representam um risco muito alto de propagação da Covid-19, por incrível que pareça, dos 15, só dois estão sendo penalizadas, Cuiabá e Várzea Grande”, disse o prefeito.
Emanuel disse também que “Cuiabá é a tábua de salvação da saúde pública do Estado” e se orgulha de atender os casos não covid-19 e ter entregado 95 leitos exclusivos para Covid-19, que será ampliado para mais 20 leitos.
“Depois de termos feito a quarentena, de tomarmos medidas, técnicas cientificas, seguindo protocolo da OMS, bem como cumprir as medidas epidemiológica, Cuiabá literalmente cumpriu o dever de casa e isso está reportado nos números oficiais, inclusive do Ministério da Saúde, como uma das Capitais com menor número de incidências da propagação do vírus, menor letalidade e menor número de mortalidade devido a covid, uma morte já pesa muito em meu coração, mas se não fosse o dever de casa no começo da crise, poderíamos hoje ao invés de falar de 120 óbitos, estaríamos falando em 600, 700 óbitos, em vez de falar 2.900 casos estaríamos falando em 8 mil casos na Capital”, disse o gestor.
No entanto, Emanuel afirma, que com a medida imposta pela Justiça, a Capital está sendo severamente punida junto com Várzea Grande. O gestor enfatizou que respeita o Judiciário aos destacar que decisão não se discute, porém observou que a decisão não teve embasamento técnico.
“Sem nenhuma medida técnica, alias com todo respeito ao Judiciário, ao Ministério Público, não discuto a preocupação de ambos para dar uma resposta rápida, mas a decisão não teve nenhum embasamento técnico. O combate a Covid-19 não se resolve nos livros de direito, na jurisprudência, nem na Constituição Federal ou Estadual, o combate a covid-19 se resolve prioritariamente com mediadas sanitárias, com medidas epidemiológicas e com técnicos discutindo e nos apresentando para tomar as decisões mais acertadas”, disse o gestor.
Emanuel disse que Cuiabá fez o dever de casa, inclusive ao preparar a rede de saúde e ao informar a gravidade do vírus à população, no entanto, o interior migrou para Cuiabá. Segundo ele, ao elencar a situação não busca a penalização do interior porque todo prefeito da Capital “se sente um pouco governador do Estado” por atender os 141 municípios.
“O interior do Estado não recebeu o apoio prometido e devido, não estruturaram a rede de saúde do interior, não construíram os prometidos leitos de UTIs no interior, e como acontece nos casos não covid, numa pandemia, ou no interior migram para Cuiabá”, disse o gestor.
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